A aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 527 unidades prisionais teve início na segunda-feira (28). Foram inscritos para participar da prova 13.962 presos e jovens que cumprem medidas socioeducativas. O exame é aplicado em presídios desde 2004.
Em Dracena, segundo o supervisor técnico e substituto geral do diretor, Carlos Eduardo Amaral Jorge, havia 49 inscritos na Penitenciária “Adriano Aparecido de Pieri”.
Ontem (29), os participantes fariam a redação, além de responderem os itens referentes a linguagens e matemática. As provas de segunda-feira (28) foram ciências da natureza e humanas e os candidatos responderiam a 45 questões de cada área, assim como ocorre no Enem tradicional.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), haverá em cada sala de aplicação, agentes penitenciários, além dos fiscais contratados pelo consórcio Cespe/Cesgranrio, responsável pela realização do Enem. Assim como já ocorre na aplicação regular do exame, os participantes não podem usar lápis ou borracha. As canetas serão entregues na hora da prova.
Os presos podem utilizar as notas obtidas no Enem para pleitear uma vaga em instituição pública de ensino superior ou bolsa em faculdade particular pelo Programa Universidade para Todos (ProUni). Caso aprovados, eles podem eventualmente solicitar autorização na Justiça para estudar. Outra possibilidade é usar o resultado do Enem para obter o certificado de conclusão do ensino médio. Se o candidato atingir uma pontuação mínima em cada área pode fazer essa solicitação às secretarias estaduais de educação.