Professores e profissionais da educação da rede municipal do Rio de Janeiro decidiram manter a greve da categoria em assembleia realizada na Cinelândia, nesta terça-feira (1º). A próxima assembleia ficou marcada para próxima sexta-feira (4). 

A paralisação, que foi retomada há dez dias, já deixou os alunos da rede pública municipal sem aulas por 45 dias. Os professores pretendem permanecer em vigília para impedir que o plano de carreira da categoria seja votado no plenário da Câmara de Vereadores.

O projeto de lei 442/2013, sobre o plano de cargos e carreiras, continua na pauta de hoje e deve ser votado em duas sessões.

A votação será aberta ao público. Cada vereador poderá convidar um cidadão a assistir à sessão, no total, serão distribuídas 51 senhas. A decisão de tornar os vereadores responsáveis pelos convites foi tomada após a invasão do plenário pelos professores na votação da última quinta-feira

Interdições

Os manifestantes se concentram no entorno da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, na Candelária. A avenida Rio Branco continua fechada na altura da avenida Presidente Vargas, segundo o Centro de Operações Rio. 

A estação Cinelândia do metrô está com a entrada do Theatro Municipal interditada por conta da manifestação. 

Confronto e policiamento

Após confronto durante protestos de professores na noite de ontem (30),cerca de 700 policiais militares reforçam o policiamento do entorno da Câmara dos Vereadores, na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, na manhã de hoje. Segundo a PMERJ (Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro), as ruas de acesso à Câmara estão fechadas.

O  Centro de Operações da Prefeitura do Rio sugere a rua Araújo Porto Alegre como opção para a avenida Rio Branco, que segue interditada, e a avenida Passos ou o Mergulhão da Praça XV como opção à Cinelândia. 

De acordo com a Polícia Civil, cinco pessoas envolvidas na manifestação de ontem foram detidas e encaminhadas para a 5ª DP (Centro): três manifestantes assinaram termo circunstanciado e vão responder pelos crimes em liberdade, um menor foi encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e outra adolescente  foi entregue aos pais, que assinaram termo de compromisso para comparecer ao Juizado Especial Criminal.

Não há professores entre os detidos. Entre os manifestantes, havia um grupo de Black Blocks.