A entrada principal da USP (Universidade de São Paulo), na zona oeste da capital paulista, foi liberada após protesto realizado na manhã desta terça-feira (29) por estudantes da universidade. Segundo informações do centro de visitantes, carros e ônibus já estão entrando e saindo da Cidade Universitária.
Os alunos protestam por eleições diretas para reitor. A reitoria da universidade está ocupada desde 1° de outubro pelo mesmo motivo, os alunos devem se reunir nesta terça (29) com a administração para negociação.
Os manifestantes fecharam o portão da avenida Afrânio Peixoto, junto à avenida Alvarenga, às 6h de hoje. De acordo com informações da USP, os portões da avenida Corifeu de Azevedo Marques e da avenida Escolas Politécnica continuavam abertos até as 8h30.
Às 8h30, a CET (Central de Engenharia de Tráfego) registrava 2,7 km de trânsito na marginal Pinheiros (sentido Interlagos), entre as pontes do Jaguaré e Cidade Universitária.
Reivindicações
As principais reivindicações do DCE (Diretório Central de Estudantes) giram em torno da estrutura de poder da universidade, como as eleições diretas para reitoria, diretorias de unidades e chefes de departamento, fim da lista tríplice (que permite a intervenção do governador na escolha da reitoria) e abertura de um processo de estatuinte livre, soberana e democrática.
O Comando de Greve pretende colocar na pauta da reitoria também a implementação de cotas raciais, devolução de dois prédios para moradia estudantil e o fim do convênio da USP com a Polícia Militar.
Eleições
As próximas eleições para a reitoria da universidade estão marcadas para o dia 19 de novembro. Quatro chapas concorrem à gestão da reitoria da USP (Universidade de São Paulo) – três delas encabeçadas por professores que integram a administração de João Grandino Rodas, o atual reitor, que mantém discrição sobre o candidato preferido. O DCE, a Associação de Docentes e o Sindicato dos Trabalhadores da USP não manifestaram apoio a nenhum candidato.