A Secretaria da Educação do Estado colocou na agenda das 5 mil escolas estaduais a discussão sobre a violência contra as mulheres. Por meio da articulação dos professores mediadores – um educador capacitado para identificar vulnerabilidades na rede e traçar estratégias preventivas – foi sugerido que as unidades convoquem os alunos para participarem de jogos, palestras, espetáculos e rodas restaurativas para formar uma rede de proteção aos casos de agressão contra o universo feminino. A ação é em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, celebrado no dia 8 de março. 
Na região de Presidente Prudente, são 75 mediadores já em atuação. A ideia é que, além dos estudantes, pais e responsáveis também participem das atividades. Cada unidade tem autonomia para criar a programação e participar da mobilização que é voluntária.
É o caso da Escola Estadual Jardim Cipava II, em Osasco, umas das que aderiu. Durante toda a semana, com auxílio da mediadora e dos professores de Artes e Filosofia, o assunto será tema de uma peça teatral com alunos da unidade. Nos Centros Estadual de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA), a discriminação contra as mulheres e o papel do sexo feminino na sociedade são temas das oficinas de março.
Na Escola Estadual Clara Mantelli, na zona leste da capital, rodas de discussão serão focadas no tema “violência doméstica”. O objetivo é esclarecer às mulheres a importância da denúncia a favor da segurança dentro da própria casa, com o lema “quebre o silêncio”.
“Nas últimas décadas foram inúmeras as conquistas femininas, como o direito ao voto e a entrada no mercado de trabalho. A educação paulista deve muito às mulheres, que são a maioria entre os nossos servidores, professores, diretores e dirigentes. Discutir a violência de gênero e promover a conscientização sobre os danos na escola é confirmar o papel de multiplicador de uma nova cultura desempenhado pelas unidades de ensino”, afirma o secretário da Educação, Herman Voorwald.
MEDIADORES – Além de mediarem conflitos que acontecem na rotina das escolas, os professores mediadores também têm a tarefa de propor dinâmicas e campanhas. Neste início de 2015, são 2,7 mil profissionais em atividade, número 133% maior do que o registrado em 2010, quando o projeto começou. Uma das funções é idealizar ações que mobilizem a escola para proteger os alunos de fatores de risco e também coibir comportamentos discriminatórios (racistas, homofóbicos, entre outros).

 

ASSESSORIA DE IMPRENSA / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo