A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo só vai definir o índice de reajuste salarial dos professores na data-base de 1º de julho. A informação é da presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, Maria Izabel Azevedo Noronha, que se reuniu hoje (13) com o secretário da Educação, Herman Voorwald.
Os professores, que estão em greve há dois meses, ficaram concentrados em frente à sede da secretaria, na praça da República, na capital paulista, onde ocorreu a reunião. Eles fizeram um protesto e penduraram cópias dos seus contracheques nas grades da entrada da secretaria para reclamar dos salários.
Segundo Maria Izabel, apesar do impasse na questão salarial, o governo ofereceu propostas como a contratação de professores temporários por três anos ininterruptos, em vez de um ano. Os temporários teriam atendimento pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), o que não acontece atualmente.
A secretaria confirmou, por meio de nota, que enviará, em até 30 dias, projeto de lei à Assembleia Legislativa, que estabelece que não deve haver nenhum intervalo contratual por três anos. Após este período, serão 180 dias de espera para uma nova atuação.
Maria Izabel informou também que a secretaria se comprometeu em criar um grupo de trabalho, com participação do sindicato, para desmembrar salas de aula, reduzindo assim o número de estudantes por turma.
Outra reivindicação, a contratação de coordenadores pedagógicos, poderá ocorrer ainda este ano. “Não é correto que o diretor tenha que gerir a escola e ser coordenador pedagógico, é muito difícil. Não dá para casar as duas coisas”, declarou a presidente do sindicato.
A secretaria informou que vai ampliar o número de coordenadores. Atualmente, existem mais de 10 mil desses profissionais em exercício.
Os professores fazem uma assembleia na próxima sexta-feira (15) no vão-livre do Masp, às 14h, para votar sobre essas propostas.