Com a grana curta, jovens e adultos da rede estadual de São Paulo estão aprendendo a poupar em sala de aula. No currículo de Matemática adotado pela Secretaria no Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), a elaboração do orçamento, dívidas do cartão de crédito e juros estão no conteúdo programático e até em provas. A proposta é levar as dicas de educação financeira à rotina dos estudantes.
É o que já faz a Escola Estadual Milton Rodrigues, na zona norte da capital. Com ajuda dos professores, estudantes de 15 a 17 anos criaram uma disciplina eletiva sobre o tema. A aula tem duração semestral e reúne ao mesmo tempo conhecimentos de Matemática, História e Geografia. A ideia surgiu dos próprios estudantes que tinham curiosidade sobre o assunto e queriam aprender a partir de uma linguagem menos “economiquês”.
Para incentivar os alunos, a primeira ação foi fechar uma parceria especial com um banco para a abertura de contas poupanças. Cada jovem precisou investir, no mínimo, 1 real. A meta é que todo dinheiro extra, seja acumulado da mesada ou do trabalho, seja depositado nesse fundo. A taxa de rendimento é semelhante a de outros correntistas. Hoje, cada um tem, em média, 100 reais aplicados.
“A orientação da Secretaria é para que o ensino de todas as disciplinas dialogue com a realidade dos nossos alunos. Além disso, atuamos com os princípios de formação integral do estudante, para que ele seja agente decisivo para a melhoria de sua família e de sua comunidade”, afirma o secretário da Educação, professor Herman Voorwald.,
ASSESSORIA DE IMPRENSA / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo