Controlar o peso com uma dieta equilibrada e praticar exercícios físicos regularmente são fatores-chaves para se prevenir das doenças do coração e levar uma vida saudável. Mas, se para perder peso você tem de se mexer, você deve contar com pernas saudáveis. O problema se instala quando se está tão acima do peso que as pernas doem muito e não se tem a mínima disposição de enfrentar caminhadas. O que fazer?
“Muitas pessoas se tornam sedentárias justamente porque as pernas doem e incham assim que elas se põem a caminhar, praticar esportes ou outras atividades físicas. Isso afeta não só a saúde do coração, como também intensifica as dores nos membros inferiores, resultando num problema crônico que tende a se agravar com o surgimento de varizes e doenças circulatórias”, diz o doutor Rodrigo Kikuchi, angiologista do Hospital Santa Paula.
Kikuchi afirma que fazer um check-up das pernas e garantir uma circulação eficaz é o primeiro passo em busca de uma vida saudável. “O surgimento de problemas venosos indica que o sangue começa a se acumular nas pernas. Manter a saúde das pernas, então, é fundamental para evitar problemas das veias e correlatos”.
De acordo com o médico, as doenças arteriais são ainda mais graves que os problemas venosos. “O estreitamento das artérias compromete inclusive a saúde do coração e é agravado pelo fumo, estresse, altas taxas de gordura no sangue (colesterol e triglicérides), sedentarismo, hipertensão, diabetes e obesidade. Nesse caso, aumentam as chances de formação de placas de gordura e coágulos que podem resultar em derrame, acidente vascular cerebral e infarto”.
Controlar o peso e manter as pernas sempre saudáveis e em movimento é a dica do especialista para evitar problemas vasculares. “Quem passa longos períodos em pé ou sentado deve movimentar pernas e pés a cada duas horas e ingerir bastante líquido. Caminhar três vezes por semana, subir e descer escadas ao invés de usar o elevador, ou mesmo nadar e pedalar são ótimos exercícios para ativar a irrigação arterial dos diversos órgãos e do próprio coração”.
Fonte: Dr. Rodrigo Kikuchi, angiologista e cirurgião vascular do Hospital Santa Paula, de São Paulo.