A capital paulista teve 50.405 casos de conjuntivite registrados desde o dia 21 de fevereiro até hoje (18). Segundo a Secretaria de Saúde do Município de São Paulo, por conta do aumento das notificações, o monitoramento da doença passou a ser feito, desde o mês passado, pelo número de casos e não pelo número de surtos, como era anteriormente.
Na Baixada Santista, os casos da doença também estão aumentando. Em Santos, já foram registrados 4.048 casos. A cidade de Cubatão, que tinha 257 casos em fevereiro, contabilizou mais 936 nos 13 primeiros dias de março, totalizando nesse período 1.193 notificações. Em São Vicente, até o dia 5 de março, eram 980 casos, mas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, esse número deve dobrar.
Segundo o diretor do pronto-socorro de oftalmologia da Santa Casa de São Paulo, Niro Ksahara, os surtos de conjuntivite são normais em determinadas épocas do ano, como o verão, provavelmente por conta da exposição maior das pessoas em todos os ambientes, e no inverno, quando as pessoas ficam em ambientes fechados.
A conjuntivite é uma inflamação na membrana que recobre a parte externa do olho, a conjuntiva, e é transmitida por um vírus. Os olhos ficam vermelhos, sensíveis à luz, as pálpebras ficam inchadas e há um forte desconforto com dificuldade para abrir e fechar os olhos. Para prevenir o contágio, basta lavar sempre as mãos antes de levá-las aos olhos ou fazer a higiene com álcool em gel.
Ksahara ressalta que a doença tem um ciclo de sete a dez dias e, em algumas situações, até 15 dias. “Não há remédio para a doença, basta esperar que o organismo reaja e elimine o agente infeccioso. Nós orientamos a fazer bastante compressas com água filtrada gelada ou soro fisiológico e usar colírios lubrificantes para tirar um pouco a irritação e, em casos mais graves, um colírio anti-inflamatório”, explicou.