Empresa de Presidente Venceslau que há cerca de um ano e meio foi contratada pela Prefeitura para construir o prédio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) paralisou as atividades temporariamente. A informação quanto à paralisação foi dada na terça-feira, 23, pela manhã, à reportagem pelo encarregado da obra que é funcionário da empresa, Sebastião Batista Gomes.
Ele disse que na segunda-feira e na terça de manhã foram retiradas as últimas ferramentas e demais materiais que ainda seriam utilizados na finalização da obra. Segundo ele, o material foi encaminhado ao almoxarifado da construtora.
“Em virtude da paralisação das obras não vamos deixar o material aqui para evitar que alguém mexa sem a nossa autorização. A vigilância do prédio agora está por conta da Prefeitura”, explicou Sebastião Gomes que trabalha na empresa há 14 anos.
Ele confirmou que os serviços foram paralisados, por causa de dívida da Prefeitura com a construtora de aproximadamente R$ 1 milhão referentes aos meses de abril, maio e junho.
Segundo ele, faltam apenas 2% para que a obra seja concluída. Prosseguiu dizendo que quando a dívida for paga a empresa terminará a obra. “Ninguém trabalha por boniteza. Queremos receber para concluir os trabalhos”, comentou.
EXECUTIVO – O prefeito José Antonio Pedretti disse que a obra está dentro do prazo e que faltam realmente apenas 2% para terminá-la. Afirmou que dos recursos do Governo Federal para a construção da UPA ainda faltam R$ 200 mil para serem liberados.
O prefeito explicou que tão logo a obra termine vão ser liberados por parte do Governo Federal investimentos acima de um R$ 1 milhão para aquisição dos equipamentos. “Hoje não há necessidade de saldarmos esse compromisso neste momento porque ainda vamos receber o restante da verba federal e a promessa da contra partida que o governo prometeu. Infelizmente, a empresa não possui capital para fazer seus adiantamentos e devido a isso combinamos com a construtora para ir trabalhando aos poucos com menos pessoas até que o Governo Federal repasse o recurso”.
Pedretti disse ainda que no momento a prioridade do Poder Executivo é o servidor municipal já que neste mês precisa saldar a folha de pagamento e os compromissos com parte do 13º salário, cujo dinheiro já está praticamente em caixa.
“Com relação à UPA nem adianta resolvermos terminar agora, pois vamos esperar esse repasse de verba do Governo Federal e estamos trabalhando dentro do limite e rigorosamente dentro do orçamento do setor financeiro”. O prefeito prosseguiu dizendo: “Todos os municípios do Brasil passam por dificuldade, pois os recursos do Governo Federal além de estarem atrasados, diminuíram e todos os meses atrasam entre R$ 100 mil a R$ 200 mil do Fundo de Participação dos Municípios. É um problema que não é apenas nosso, mas sim nacional”, concluiu Pedretti.