A pneumonia é uma doença inflamatória e infecciosa aguda dos bronquíolos e alvéolos pulmonares. É uma das causas mais comuns de internações hospitalares sendo responsáveis por grandes gastos públicos na saúde.
Nestes meses mais secos e frios, outono e inverno há aumento de sua prevalência. Pode acometer qualquer pessoa, porém o risco é aumentado em portadores de doenças crônicas como D.P.O.C. (enfisema e bronquite crônica), asma brônquica, diabetes, insuficiência renal, AIDS, hepatite, doenças hematológicas, pacientes em tratamento para doenças oncológicas, assim como em pessoas idosas, acamadas ou que vivem em instituições e outras que possuem sequelas como as de doenças neurológicas.
De acordo com o médico Marcelo D. Mansano, especialista em pneumologia e cirurgia torácica, a forma mais comum é a inalação de partículas contaminadas. Outras formas são por aspiração de conteúdo digestivo, infecção generalizada ou por contiguidade de infecções em outras partes. São mais frequentemente causadas por vírus e bactérias, mas também pode ocorrer infecção por fungos e parasitas. Nas pneumonias virais o quadro clínico é mais rápido, ou seja, os pulmões já estão comprometidos nos primeiros dias do contato, como no caso a gripe (H1N1 ou comum) e do hantavírus.
O médico explica que nos casos de aspiração de conteúdo gástrico (em especial em acamados com sequelas de doenças neurológicas e alcoólatras) a pneumonia também tem rápida evolução. As causadas por bactérias normalmente aparecem após alguns dias da agressão do sistema respiratório, na maioria das vezes após infecções virais.
Segundo o Dr. Marcelo Mansano, o quadro clínico clássico de pneumonia é a presença de febre alta, tosse intensa, seca ou produtiva, associada ou não a dor torácica e falta de ar, alem dos sintomas sistêmicos como dores pelo corpo e de cabeça, fraqueza e perda de apetite. O diagnóstico baseia-se no quadro clínico, no exame físico, é claro quando realizado por médicos, e em exames complementares, como o radiografia de tórax e exames laboratoriais. Após isso, o médico ditará o tratamento. Observam-se por vezes erros diagnósticos realizados por médico pronto- socorristas, quando são prescritos antibióticos sem necessidade e com isso podem causar a temida resistência bacteriana.
O médico ressalta que o tratamento na maioria das vezes pode ser iniciado no domicílio. Alguns casos necessitam de internação dependendo da extensão da pneumonia, da saúde prévia do paciente e do germe causador. Casos extremos de gravidade podem ocorrer no início da doença como nas pneumonias virais evoluindo para insuficiência respiratória e até a morte. A prevenção é feita com a vacinação contra gripe que é feita anualmente e contra pneumonia. Existem poucas vacinas para bactérias e são realizadas a cada cinco anos.
O mais importante para o tratamento de uma pneumonia é o seu rápido e correto diagnóstico frente as possibilidades entre os seus agentes, baseando-se sempre nos consenso brasileiros existentes para o tratamento como em especial o da Sociedade Brasileira de Pneumologia.