A série de protestos, acentuada por uma onda de violência, na Líbia provocou cerca de 6 mil mortos até o momento – desde o começo das manifestações em 15 de fevereiro. As informações são da organização não governamental Federação Internacional das Ligas dos Direitos Humanos (Fidh). A maior parte foi morta em Trípoli, a capital líbia, e na segunda maior cidade do país, Benghazi, além das regiões de Zawiyah e Zenten.
O porta-voz da federação, Ali Zeidan, disse que o número de mortos pode ser ainda maior. “Os corpos das vítimas dos bombardeamentos em Trípoli foram retirados em caminhões e enterrados em valas comuns fora da capital. Os feridos desapareceram dos hospitais para que apaguem os vestígios dos seus crimes”, disse.
O governo líbio, no entanto, confirma apenas 300 mortos. O último relatório da federação, de 23 de fevereiro, indicou 640 mortos. Organizações não governamentais indicaram até hoje cerca de mil a 2 mil mortos .
Segundo o porta-voz da federação, na Líbia integrantes de forças não oficiais recebem cerca de US$ 2 mil por dia, enquanto os militares têm salários de aproximadamente US$ 300. Os não oficiais são incumbidos de reações contra a população.