A ciclista que foi atropelada em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo na noite desta quinta-feira (21), passou o sinal vermelho, segundo o motorista do ônibus que a atingiu e testemunhas. O namorado da vítima, entretanto, nega.

O acidente aconteceu no cruzamento da Avenida Rebouças com a Rua João Moura. O motorista do coletivo afirma que a arquiteta Renata Minerbo, de 25 anos, ultrapassou o sinal fechado. “Na hora que eu cruzei o farol, ela cruzou na minha frente. Daí foi impossível parar”, disse o motorista Elizandro Hernandes. Porém, o namorado da vítima contou ao Bom Dia São Paulo que a arquiteta contou que não desrespeitou a sinalização de trânsito.

Renata ia para casa quando foi atingida pelo veículo que trafegava na faixa exclusiva para ônibus, no sentido bairro da Avenida Rebouças, por volta das 22h. Ela foi levada ao Hospital Nove de Julho. A ciclista, que usava os equipamentos de segurança, como capacete e cotoveleiras, bateu no parabrisa do ônibus. Ela machucou uma vértebra e costelas. A família não autorizou o hospital a informar o estado de saúde da arquiteta. A bicicleta elétrica ficou retorcida em baixo do ônibus.
Atropelamento na Paulista Ainda neste mês, um caso de atropelamento ocorrido em São Paulo ganhou repercussão e levou ao debate de medidas para ampliar a segurança de ciclistas. O jovem David Santos Sousa, de 21 anos, teve o braço decepado após ser atingido pelo carro dirigido pelo estudante Alex Kosloff Siwek na Avenida Pauista.

O estudante, que estava preso desde o dia do acidente, no domingo (10), deixou a Penitenciária Doutor José Augusto Salgado (P2) de Tremembé, no interior de São Paulo, na noite de quinta (21). A liberdade provisória foi concedido durante a tarde, em caráter liminar, pelo relator Breno Guimarães, da 12ª Câmara de Direito Criminal. A Justiça também decidiu pela suspensão da habilitação do jovem.
No mesmo dia, ele foi denunciado pelo Ministério Público (MP) por tentativa de homicídio com dolo eventual. Cabe à Justiça, que já deu parecer contrário a essa tipificação do crime, decidir se abre processo contra Siwek. Na análise do pedido de prisão, o Tribunal de Justiça (TJ) deu decisão que mantém a tipificação como lesão corporal.