O tempo seco e a falta de chuva são fatores perfeitos para ocorrer queimadas, principalmente em vegetação natural (pastagem) e cultivada (plantações), além dos incêndios diversos em terrenos baldios e às margens de rodovia. Picos isolados de chuvas ocorridos desde o início desta semana, não foram suficientes para melhorar as pastagens que se encontram extremamente secas, devido à falta de chuva significativa desde o mês de agosto.
O Posto de Bombeiros de Dracena, responsável por 12 municípios da região, já registra número bastante elevado de ocorrências de incêndios. Somente de janeiro a agosto deste ano foram registradas 146 ocorrências.
Dentre elas, 13 casos de incêndio em residência; dois incêndios em gás liquefeito de petróleo (GLP) em edificações; seis casos de incêndio em veículos; 19 incêndios em vegetação natural; quatro casos em vegetação cultivada; uma lixeira incendiada, e, 101 incêndios diversos (qualquer outro setor que não se qualifica em nenhuma dessas categorias). Este ano, não houve casos de incêndio de gás liquefeito de petróleo dentro de edificações, segundo dados da corporação.
De acordo com os bombeiros, é no período de estiagem, de junho a outubro, que são registrados os grandes incêndios em rodovias, sítios, fazendas e chácaras, devido ao tempo seco e a falta de chuvas. Também são atendidos os casos de fogo em mato, em terrenos baldios na zona urbana, incêndio em matas nas APPs (Áreas de Preservação Permanentes) e alguns focos de incêndio às margens de rodovias, causados, principalmente, por bitucas de cigarro jogadas pelos usuários da via.
Com o vento, o fogo se espalha rapidamente, atingindo as propriedades particulares. Foi o que ocorreu na última segunda-feira (2) quando os bombeiros tiveram o trabalho de apagar o fogo que tomou conta de uma grande área de pastagem e mato, em um sítio no bairro Mirassol. O vento forte colaborou para que o fogo passasse de uma chácara para outras localizadas bem próximas e a situação de vários focos de incêndio perdurou por diversas horas. Devido às dificuldades causadas pela ventania, os bombeiros tiveram que contar com o apoio de vários caminhões pipas das Usinas Dracena e Caeté e da Emdaep.
Também no início desta semana, foi registrado incêndio no município de São João do Pau D’Alho.
ORIENTAÇÃO – Os Bombeiros orientam que os usuários da rodovia diminuam a velocidade ao perceberem um incêndio, devido à fumaça, evitando os riscos de acidente com outro veículo e o atropelamento de animais.
Uma das dicas é fazer o aceiro nos arredores das propriedades, com a retirada da vegetação nos dois lados da cerca numa faixa de dois metros, o que ajuda evitar a propagação de fogo em pastagens; também que os produtores rurais tenham disponíveis abafadores e bomba costal, que auxiliam a combater qualquer princípio de incêndio.
Na zona rural, os incêndios geralmente são causados por produtores que usam fogo para controlar pragas na pastagem, limpar áreas para plantio, renovar pasto e acabam perdendo o controle; ou por problemas na fiação elétrica; incêndio criminoso; combustão espontânea ou motoristas que jogam bitucas de cigarro nas rodovias.
As pessoas podem ser enquadradas em crimes ambientais pelos incêndios, conforme a Lei 9.605/98, artigos 41 e 42, que tratam sobre fogo em matas e florestas; e pela Lei 4.771 do Código Florestal, artigos 26 e 27.