Cerca de sete manifestantes que protestavam perto do prédio do governador Sérgio Cabral, no Leblon, na Zona Sul do Rio, foram encaminhados à 14ª DP (Leblon) na tarde desta segunda-feira (28). Segundo os PMs que os detiveram, eles estariam consumindo drogas, informou a polícia.

Por volta das 14h, todos estavam sendo sarqueados — uma espécie de checagem que a polícia realiza para saber se uma pessoa responde ou já respondeu por algum crime.

Segundo a polícia, um grupo de 13 ativistas estava no canteiro central da Avenida Delfim Moreira, em frente à Rua Aristides Espínola, com a intenção de permanecer em protesto contra Cabral. Os sete detidos teriam ido até a areia da praia e acendido um cigarro de maconha, sendo flagrados por um policial à paisana, que chamou outros PMs e os conduziu para a delegacia.

Os outros seis manifestantes, que não estavam na praia na hora do flagrante, foram revistados no local e liberados.

Segundo o comando do 23º BPM (Leblon), 10 policiais foram enviados ao local para garantir a segurança da manifestação e dos moradores da região. Segundo o comandante do batalhão da área, tenente coronel Luiz Octávio Lima, os manifestantes não vão poder acampar no local, conforme determinado por uma decisão judicial. “Eles já foram avisados”, disse. Por meio da rede social, porém, o grupo indicou que não vai deixar o local.

Reivindicações
Na pauta disponiblizada na página da rede social do grupo, estão reivindicações contra o “sistema”, contra a direção do Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe), contra as remoções para obras, em apoio quilombo das guerreiras e à Aldeia Maracanã, contra a Copa do Mundo, entre outras coisas.

Nesta manhã, outro pequeno grupo de manifestantes protestavam contra o governador Sérgio Cabral e pela liberdade dos presos durante protestos no Rio, na Rodoviária Novo Rio, Zona Portuária. Nenhuma confusão foi registrada em ambas as manifestações.

‘Ocupa Cabral’
A primeira e maior ocupação perto da casa do governador teve início no dia 21 de junho, e durou mais de 10 dias. O acampamento foi formado no mesmo dia em que cerca de 300 mil pessoas protestaram pelas ruas da cidade. Foi desfeito a primeira vez no dia 2 de julho, mas depois ativistas voltaram a passar noites no local por diversas vezes, como no dia 28 de julho. No dia seguinte, segunda (29), Cabral “como pai”, pediu que os protestos parassem.