Bastaram dois dias de investigações para que a equipe do GOE (Grupo de Operações Especiais) da Polícia Civil de Dracena esclarecesse o desaparecimento da adolescente Ana Paula Barbosa da Silva, de 13 anos, que reside no bairro Domingos Marques Caldeira. 

A menina desapareceu na última sexta-feira, 8. Familiares receberam mensagens via celular, informando que ela teria sido sequestrada e poderia ser morta no sábado, 9. Entretanto, a estudante foi localizada no Terminal Rodoviário de Maracaí, região de Assis.
Ana Paula foi trazida pelos integrantes do GOE na madrugada de ontem, 11, e chegou a Dracena no início da manhã, sendo levada para a sede da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), onde, após ser ouvida na presença de uma conselheira tutelar, acabou sendo liberada. Sua mãe a levou de volta para casa.
A garota disse que estava com vontade de “sair de casa e conhecer gente nova” e, por isto, resolveu ir até a cidade onde foi localizada. “Não vale a pena, vou ficar com os meus pais numa boa e nunca mais pretendo fazer isso. Eu quero dizer aos meus pais que eu amo muito eles e estava com saudades, estou muito arrependida”, afirmou Ana Paula.
O investigador do GOE, Rodrigo Freitas, disse que Ana Paula estava na rodoviária de Maracaí, alegando que havia levado uma pancada na cabeça e não se lembrava de nada. Com o apoio da Polícia Militar de lá, foi levada até o Pelotão, onde ficou aguardando a chegada dos policiais de Dracena.
Ao se reencontrar com os familiares na sede da DIG, Ana Paula abraçou a mãe e pediu perdão várias vezes.
O investigador Rodrigo Freitas ressaltou que, neste caso, não houve nenhum sequestro e ficou esclarecido que a adolescente resolveu fugir de casa. Ela criou a história, provocando o pânico na família e amigos e na cidade, o que fez repercutir o caso.
Freitas afirmou que a polícia continua investigando o caso para verificar se houve ou não o envolvimento de algum rapaz maior de idade na decisão da adolescente de viajar até Maracaí.
Trabalharam pela equipe do GOE que foi acionada no sábado pelo delegado Seccional Feres Karam, os policiais comandados pelo delegado Alexandre Luengo Lopes, Rodrigo Freitas, Daniela, Reginaldo Rosa, José Alves e Evandro.
Cleonice, mãe de Ana Paula, agradeceu o empenho dos policiais do GOE, que investigaram o caso com seriedade e de forma humana, dando todo o apoio. “A polícia mostrou ser eficiente e o Rodrigo foi extremamente profissional e capacitado, em nenhum momento deixou de nos atender, recebendo e respondendo todas as mensagem e ligações que recebia de nós. Que Deus possa abençoar esse homem. Do mesmo jeito que ele me ajudou, pode fazer o mesmo por outras pessoas. Peço que todos confiem primeiramente em Deus e depois nos profissionais como o Rodrigo e demais policiais da cidade”, comentou a mãe de Ana Paula.