O governador Geraldo Alckmin lança hoje, 31, às 10h, o sistema de operação do bloqueador de celulares na Penitenciária “Maurício Henrique Guimarães Pereira” (P-2) de Presidente Venceslau.

A P-2 de Presidente Venceslau será a primeira do Estado a receber os bloqueadores. Segundo o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciárias do Estado de São Paulo (Sindasp), o bloqueio de celulares na P-2 é de extrema importância.
“A P-2 é a penitenciária mais segura e mais perigosa do estado de São Paulo, lá estão os líderes de facções, como o Marcola (Marcos Camacho) e toda liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC), somos favoráveis que se instalem bloqueadores em todas as unidades prisionais do Estado”, afirma Daniel Grandolfo, presidente do Sindasp no site da entidade.
Ainda de acordo com o Sindasp, o secretário de Administração Penitenciária (SAP), Lourival Gomes afirmou que inicialmente a SAP escolheu 23 unidades prisionais para instalação dos bloqueadores. “Levamos em conta dois pontos: a existência de crime organizado com forte atuação fora da prisão e presos perigosos”, disse o secretário.
De acordo com Gomes, o Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) “Dr. José Ismael Pedrosa”, onde funciona o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), deve ser o próximo na região a receber o bloqueador. “Mesmo sem ter pego nenhum celular no local, é necessário essa instalação”, garantiu.
O secretário lembrou que os primeiros bloqueadores instalados em 2001, não atendiam as necessidades do estado de São Paulo. “Alguns testados conseguiam bloquear determinada operadora e outras não, outros conseguiam bloquear, mas não atendiam as exigências da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que determina que o bloqueio seja limitado ao perímetro da prisão, não pode haver vazamento de nem um metro, fora do presídio”, explicou.
Antes da instalação na P-2, de acordo com o secretário, foram feitos testes em três prisões de alto grau de dificuldade, Guarulhos que tem tráfego aéreo intenso, por causa do aeroporto internacional, um dos presídios da região de Belém, em São Paulo que tem 60 torres num raio de três quilômetros e por isso, possui um sinal muito forte de aparelhos celulares e no presídio da Marginal Pinheiros, onde atrás passa uma rede ferroviária. Os testes foram feitos para saber se havia influência da energia elétrica, dos trens ou dos carros da própria via, esclareceu o secretário.