A contraproposta apresentada pelo Governo do Estado aos agentes de segurança penitenciária, liderados pelo Sindasp-SP (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo) foi rejeitada na noite da última terça-feira, 11. O assunto foi votado em 12 assembleias e em nove delas houve rejeição.
Com a indefinição, a greve dos agentes penitenciários prossegue em todo o estado de São Paulo e até a manhã de ontem, 12, funcionários de 120 unidades prisionais paulistas já haviam aderido à paralisação, que segue por prazo indeterminado, segundo Tiago Capellini, representante do Sindasp-SP na região.
Rejeitaram a contraproposta as assembleias das sedes regionais do Sindasp-SP de Lucélia, Presidente Venceslau, Andradina, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Hortolândia, Presidente Prudente, São Paulo e Itapetininga. Apenas Assis, Marília e São Vicente foram favoráveis.
Diferente do noticiado na edição da última terça-feira, 11, do JR, quando foi informado que a unidade prisional de Irapuru teria sido a única que os funcionários não aderiram à paralisação, na tarde de ontem, a reportagem foi informada de que na unidade, cerca de 70 funcionários cruzaram os braços em adesão a greve.
Amanhã, 14, Sindicato e Governo devem se reunir novamente para a apresentação de uma nova proposta.
Na tarde de ontem, em contato com a assessoria do Sindasp-SP, a informação era de que no sábado e domingo, a greve será suspensa temporariamente, para que familiares possam visitar os detentos nas unidades e a partir da próxima segunda-feira, 17, a greve será retomada, sem prazo de encerramento.
Caso haja ainda indefinição em relação às reivindicações dos ASP’s e a contraproposta do Governo, no final da próxima semana, a greve deverá atingir as visitas aos detentos.
O Sindasp-SP cobra ainda do Governo o início das negociações da pauta 2014. O Governo pediu prazo de 60 dias para que seja dado o início à negociação de reajuste salarial referente a este ano, afirma o Sindasp-SP.
Em contato com Tiago Pellini, representante do Sindicato na região, a reportagem foi informada de que a greve prossegue e que nos próximos dias, funcionários de outras unidades em todo o Estado que ainda trabalham normalmente deverão aderir à paralisação, caso a nova proposta de contraposição do Governo não seja aprovada.
REIVINDICAÇÕES – Os agentes reivindicam reajuste salarial de 20,64%, mais 5% de aumento real do salário; criação da Lei Orgânica para ASP e AEVP (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária), correção do auxílio-alimentação e fim do teto base, fardamento para ASP ou valor equivalente em dinheiro, promoção de 30% dos funcionários a cada ano, fim da LPTR (Lista Prioritária de Transferência Regional) e agilidade na LPT (Lista Prioritária de Transferência), aposentadoria integral aos 25 anos de contribuição, convocação remunerada durante a realização de blitz e criação de mais uma folga ao mês.