Novidades durante coletiva a imprensa marcada pelo Delegado Tadeu Aparecido Carvalho Coelho, mesmo que a maioria das informações essenciais sobre o caso já tivessem sido repassadas através do site da esposa do Delegado, a investigadora e vereadora Maria Nadir, o delegado falou oficialmente sobre o crime pela primeira vez depois da prisão do principal suspeito das mortes, Edson Francisco de Souza (38), vulgo Neguim.
A restrição das informações a imprensa anteriormente foi justificada pelo comportamento de dois jornalistas da cidade que criaram factóides que podem ter atrapalhado as investigações.
Dentre as novas informações prestadas estão o fato do assassino confesso das adolescentes Yara e Jheniffer, já cumpriu pena de oito anos preso por roubo, dois estelionatos e é suspeito de tentativa de estupro.
Segundo o delegado, após dar carona às menores na avenida Guanabara, Edson seguiu para a vicinal do bairro Timboré e manteve relação sexual com as duas. As duas receberiam em troca aparelhos celulares modernos. Em seguida as levou até uma prainha em Pereira Barreto, de onde no retorno abusou das meninas mais uma vez.
Yara foi a primeira e após a relação Edson tirou uma meia, amarrou as mãos da vítima e a jogou no rio, de cima da ponte. Enquanto Jheniffer esperava no carro ouvindo música. Ele agiu da mesma forma com Jheniffer que perguntou da amiga e obteve resposta de que Yara estaria se banhando no rio.
Percebendo vultos que se aproximavam do carro deixou o local correndo deixando o local às pressas, no local onde o celular de Yara foi encontrado.
Antes de chegar a Cianorte, onde foi preso o Edson devolveu o carro que havia comprado e foi para Três Lagoas (MS), de lá para Araçatuba e em seguida a Marechal Cândido Rondon (PR), vizinha a Cianorte, onde teria familiares.
Ele se hospedou em um Hotel em Cianorte e ingeriu chumbinho, sofrendo uma parada respiratória e foi internado na UTI da cidade.
“Inicialmente o ex-detento negou os crimes, mas acabou confessando e que agiu sozinho. Ele teria planejado o crime assim que descobriu que eram menores”, disse Tadeu.
A família não acredita na versão do assassino principalmente no que se refer ao assassinato das duas e questionam se uma não percebeu o que acontecia com outra durante o ato de assassinato na ponte ou nem desconfiou que a amiga estaria banhando no rio se estavam encima de uma ponte.
O delegado, embora se declare convicto de que o borracheiro agiu sozinho, diz que vai ouví-lo mais uma vez antes de encerrar o inquérito. Edson continua preso numa penitenciária do Paraná e será requisitado assim que houver necessidade.