Um taxista identificado como Rafael José Rodrigues da Silva, de 31 anos, morreu após uma discussão com um homem que se identificou como policial em frente à boate Barra Music, na Avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, na madrugada desta sexta-feira. Segundo as primeiras informações da Polícia Militar, por volta das 4h houve um desentendimento entre ele e o desconhecido. O homem deu coronhadas e dois tiros em Rafael, fugindo em seguida num Honda Civic preto.
O irmão de Rafael, Jonathan Rodrigues, no local do crime Foto: Guilherme Pinto / Extra
Parentes do taxista foram para a boate logo ao saberem do crime. A funcionária pública Keyla Araújo, cunhada de Rafael, conversou com testemunhas, que deram detalhes sobre o assassinato. Segundo ela, o taxista esperava por corridas quando viu um rapaz aparentemente embriagado. Rafael, então, alertou o homem a respeito de uma blitz da Lei Seca que estava sendo realizada perto dali.
– Meu cunhado, com certeza, estava até tentando uma corrida. Mas o sujeito entrou no carro e foi embora. Logo depois, ele voltou, indignado porque a blitz não estava onde o Rafael dissera. O sujeito, então, disse: “O, rapaz, tá querendo brincar com polícia?”. E partiu para cima, dando coronhadas no meu cunhado – contou Keyla.
O carro da DH no local onde Rafael foi baleado Foto: Guilherme Pinto / Extra
De acordo com ela, Rafael – que é irmão de uma policial e tem dois cunhados policiais – tentou se defender, mas o desconhecido acertou pelo menos dez golpes na cabeça do taxista. Em seguida, ele deu um tiro que acertou Rafael na barriga.
– Depois fez outro disparo que acertou meu cunhado na cabeça. E fugiu no Honda Civic. Um absurdo isso que aconteceu. O Rafael era um sujeito pacato, super calmo e ligado à família – disse Keyla.
O taxista ainda foi levado para o Hospital municipal Lourenço Jorge, na Barra, mas não resistiu aos ferimentos. Ele tinha três filhos, de 1 ano, 6 anos e 8 anos. O caçula está prestes a fazer aniversário.
Policiais da Divisão de Homicídios (DH) assumiram o caso. As testemunhas foram levadas para a delegacia para prestar depoimento. Parentes de Rafael também estão na DH. O corpo do taxista permanece no hospital e ainda não há informações sobre local e horário do sepultamento.