Entrando na última semana de janeiro, a dengue segue com números altos em Dracena. Até o momento são 140 casos de dengue confirmados e 20 casos em análise, aguardando confirmação.

Todo cuidado para evitar a proliferação do mosquito transmissor – Aedes aegypti – deve ser levado em conta, porque a dengue é uma doença que pode levar a morte.

Na cidade, 2020 foi iniciado com chuva e agora faz um calor intenso, propiciando ainda mais a vida do mosquito, com isso, a população deve estar atenta e não deixar água parada.

Em entrevista ao Jornal Regional no último dia 23, a chefe de Informação, Educação e Comunicação, Aline Andrade, da Vigilância Epidemiológica informou que os agentes estão encontrando grande quantidade de larvas durante as visitas domiciliares. Uma casa visitada pelos agentes, que não está habitada, estava com uma piscina completamente abandonada e, o pior cheia de larvas.

O prefeito, Juliano Bertolini, em entrevista publicada no último sábado, 25, informou que em razão ao estado de alerta declarado pelo município, os agentes estão autorizados a aplicar multas aos moradores, onde forem encontradas larvas do mosquito.

Dengue hemorrágica

A reportagem do JR entrou em contato com a assessoria de comunicação da municipalidade para saber se há registros de pacientes acometidos por dengue hemorrágica na cidade, porém a informação foi que o órgão só pode informar o número de casos de dengue. Ainda conforme a imprensa municipal, “os casos que evoluíram para dengue hemorrágica (caso tenha) têm que contatar a Santa Casa, eles que sabem das internações e prontuário dos pacientes”.

Dengue no Brasil

Para este ano, o Ministério da Saúde estima que o surto da dengue possa atingir, a partir de março, 11 estados do Brasil: os estados do Nordeste, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Segundo os dados apresentados, 2019 teve um aumento de 488% em relação a 2018, sendo registrados 1.544.987 casos da doença em 2019, com 782 mortes. Os estados mais afetados foram São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

Para o Ministério, 2019 foi um ano atípico, já que em 2017 e 2018 os casos haviam diminuído quando comparados a 2015 e 2016. E isso pode ter relação com o sorotipo da doença que circulou mais nesses anos, já que quando uma pessoa é infectada ela fica imune àquele sorotipo. E, na passagem de 2018 para 2019, voltou a circular o sorotipo 2, que não causava a doença há dez anos no país.