Os cafeicultores de Pacaembu aguardam por chuvas tranquilas de pelo menos 50 milímetros e sem registros de vento até o início de setembro para garantir uma boa floração dos 650 hectares de café do município.
As informações são do engenheiro agrônomo da Casa da Agricultura, Antônio Massashi Endo, que explica que a colheita deste ano já está praticamente encerrada.
“Cerca de 80% da colheita já foi realizada. A estimativa da produção é de 23 mil sacas de 40 kg de café em coco”, diz.
Assim que a chuva esperada vier, a orientação do agrônomo aos 148 produtores do município é que seja feita a análise do solo e a adubação orgânica (esterco de galinha, curral ou palha de café). Depois é necessário providenciar a poda (desbrota) e dar prosseguimento aos cuidados típicos da cultura para a colheita do próximo ano, que começará em maio.
Endo considera que a expectativa em termos de produtividade é boa para a safra de 2011. “Como o café é uma cultura bienal a produção tende a ser maior num ano do que no outro devido a isso a próxima safra é estimada em torno de 40 mil sacas de 40 kg de café de coco”, afirma.
Ele também avalia que o preço do café está reagindo no mercado e que a saca pode ser comercializada desde o mês passado entre R$ 75 a R$ 80.
O agrônomo destaca que a atividade agrícola é conduzida pelos pequenos produtores rurais. A agricultura familiar é caracterizada pelo tamanho da propriedade, mão-de-obra familiar e a renda da família ter origem predominante da propriedade rural.
A história do desenvolvimento da cafeicultura na região se mistura a própria história da fundação de vários municípios. A geada de 1975, que queimou diversos cafezais impulsionou o processo de êxodo rural e decadência da lavoura.
De acordo com dados da Cati – regional de Dracena cerca de 1.300 propriedades da região têm a lavoura, dos 16 municípios abrangidos pelo órgão, apenas Panorama e Paulicéia não produzem café.
A Casa da Agricultura de Pacaembu também possui o projeto Cati Leite e o responsável é o médico veterinário Luis Nobuo Idehara.