A Polícia Civil prendeu um homem conhecido como “Lapa”, apontado como o porta-voz de uma facção criminosa. Segundo a polícia, ele funcionava como “linha-direta” entre a liderança presa e os integrantes nas ruas. A detenção aconteceu na tarde de quinta-feira (18) em uma chácara localizada em condomínio fechado em Salto, no interior de São Paulo.
De acordo com a Polícia Civil, “Lapa” ainda seria o articulador de uma ação na região de Bauru, também no interior, em outubro, cuja suspeita são de atentados contra funcionários de presídios ou resgate de presos.
A operação foi monitorada pela 6ª Patrimônio (Delegacia de Investigações sobre Facções Criminosas), do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), durante três meses. A equipe preparava a ofensiva para prender a quadrilha quando, por meio de denúncia anônima, policiais militares descobriram o esquema e, na ação, três envolvidos acabaram morrendo.
Entre os mortos estava um homem apelidado de “Profeta”, de 32 anos, que tinha lugar de destaque na organização externa da facção. Outros dois envolvidos – “Mi” e “Chacal” – foram presos.
Os policiais chegaram a monitorar reuniões entre “Lapa” e outros integrantes da organização criminosa. O motivo dos encontros era a ação a ser realizada em Bauru, que contou com um arsenal contendo pistolas e fuzis.
A equipe da 6ª Patrimônio deteve “Lapa” minutos antes de sua fuga. Ele tomou a decisão de abandonar a chácara quando percebeu que desconhecidos passaram a usar sua rua como rota de observação, inclusive com sobrevoo de um helicóptero. O preso carregava R$ 4 mil e uma “mini-mudança”.