Após a Polícia Militar dispersar o protesto de estudantes que ocupavam o gramado em frente ao Congresso Nacional, ontem, 29, os manifestante seguiram pela Esplanada dos Ministérios em direção ao Museu Nacional. Durante o percuso, a polícia seguiu “empurrando” os manifestante em direção à Rodoviária de Brasília em uma tentativa de dispersar o grupo. Bombas de gás lacrimogênio foram disparadas.
Durante o percurso, os estudantes derrubaram banheiros químicos que estavam no trajeto e tentaram montar barricadas para bloquear a pista, que foram desmontadas pela polícia. O trânsito no local ficou interrompido. O carro de som que acompanhava o protesto pedia para a polícia que parasse de jogar bombas e que a manifestação pudesse permanecer em frente ao museu, de onde havia partido. A reportagem da Agência Brasil procurou o comandante da PM responsável pela ação, mas não conseguiu contato.
Votação no Congresso
A organização estima a participação de 15 mil pessoas, já a Polícia Militar do Distrito Federal diz que cerca de 10 mil participam do ato. O grupo caminhou até a frente do Congresso Nacional e ao chegar ao gramado houve tumulto e confronto entre os manifestantes e a polícia. O conflito se intensificou quando um grupo de manifestantes virou um carro de reportagem estacionado próximo à rampa do Congresso. A polícia reagiu disparando bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo.
O arquivamento da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55 é uma das principais pautas do movimento de estudantes que organizaram caravanas para vir à capital, com mais de 300 ônibus. Hoje o Senado Federal realiza sessão plenária para a votação, em primeiro turno, da proposta que limita os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos. O ato em Brasília é organizado por entidades estudantis e educacionais, entre elas a União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos