As vendas de imóveis novos na cidade de São Paulo somaram 14.368 unidades no primeiro semestre de 2009, informou nesta terça-feira (11) o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).
O volume representa uma queda de 25,3% em relação às 19.224 unidades comercializadas no mesmo período do ano passado e estabilidade na comparação com as 14.430 unidades da primeira metade de 2007.
Ainda assim, a entidade revisou para cima a projeção de vendas de unidades novas no município de São Paulo, para 32 mil em 2009, volume muito próximo aos 32.847 unidades vendidas em 2008.
Segundo o economista-chefe e diretor executivo do Secovi-SP, Celso Petrucci, a revisão da estimativa de vendas de imóveis novos no maior mercado imobiliário do país deve-se à melhora do cenário macroeconômico, apontada por indicadores como a criação de empregos formais.
No primeiro semestre de 2009, o ritmo de comercialização médio mensal medido pelo indicador vendas sobre oferta (VSO) foi de 12,8%, ante os 16,1% registrados no mesmo período do ano passado. Em junho, o indicador VSO foi de 21,5%. O Secovi-SP revisou a estimativa da média mensal desse indicador para o ano, de 12% para 13%.
Lançamentos no segundo semestre
Além disso, segundo ele, as empresas pretendem fazer mais lançamentos na segunda metade do ano. “O índice de confiança do consumidor voltou a níveis pré-crise ou acima do pré-crise”, disse Petrucci.
De acordo com dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), os lançamentos na cidade de São Paulo caíram 51,5% no primeiro semestre do ano, ante o mesmo período de 2008, para 8.150 unidades. Petrucci citou que, em 2007 e 2008, foram lançadas 73 mil unidades na cidade de São Paulo, sendo que parte desse total só está sendo vendido agora.
O diretor executivo do Secovi-SP destacou ainda que um dos motivos para o baixo volume de lançamentos foram as restrições dos bancos ao financiamento à produção. Em junho, foram lançadas 1.715 unidades e vendidos 3.574 imóveis.
O Secovi-SP também revisou a projeção de lançamentos para este ano para baixo, para 25 mil unidades. Conforme Petrucci, a revisão ocorreu em função dos números do primeiro semestre. “No segundo semestre, os lançamentos serão o dobro do primeiro”, disse o representante do Secovi-SP.