A manutenção da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos de baixo consumo de energia vai estimular a produção de aparelhos mais eficientes. De acordo com Gustavo Kuster, gerente da divisão de programas de avaliação da conformidade do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), entidade responsável pela realização dos testes que classificam os eletrodomésticos em cinco classes de consumo, haverá uma corrida tecnológica entre os fabricantes para atenderem aos padrões de menor consumo de energia.

Atualmente os eletrodomésticos são classificados em cinco classes de consumo – do A (mais eficiente) ao E (menos eficientes). Do total de refrigeradores produzidos no País, 76% são classificados dentro do padrão A e B. No caso das lavadoras de roupa, 50% são classificadas entre as mais eficientes em consumo de eletricidade e, entre os fogões, 60% correspondem às faixas de consumo A e B. O Inmetro avalia também outros aspectos dos eletrodomésticos, como gasto de água, no caso das lavadoras e eficiência dos queimadores, no caso dos fogões. No entanto, a redução do IPI tem base apenas no consumo de energia elétrica dos equipamentos.

“Hoje a maioria dos eletrodomésticos vendidos no País já atende às classes de menor consumo de energia, mas a manutenção do imposto reduzido vai tornar o preço dos produtos de classe A, mais eficientes, muito próximo do preço dos produtos de classe E, menos eficientes”, disse Kuster. Hoje a diferença de preço entre as classes de consumo pode chegar a até R$ 100, no caso de refrigeradores.