Foi concluída a primeira fase do projeto de monitoramento por câmeras, em Adamantina, segundo informou o juiz da Primeira Vara da Comarca local, Fábio Alexandre Marinelli Sola. Os investimentos para a aquisição de todo o sistema de monitoramento foram possíveis a partir da destinação de recursos financeiros oriundos do pagamento de penas alternativas e transações penais, por condenações judiciais.
Segundo o magistrado, nesta quinta-feira (26) foram feitos os últimos ajustes que possibilitaram o funcionamento simultâneo das 83 câmeras instaladas em 27 pontos da cidade, que agora passam a gerar arquivos de imagens que ficarão à disposição das Polícias Civil e Militar.
Fábio Sola explicou que o projeto exigiu maior tempo de conclusão do que o esperado, em razão de não existir modelo que pudesse ser copiado. “Cada instalação e equipamentos tiveram que ser estudados e até mesmo redimensionados após ver o sistema em funcionamento”, revelou.
Ele adiantou haver dois pontos da cidade que também deverão ser agraciados com o sistema, o que ainda não foi possível fazer pela ausência de estrutura técnica no local, o que será saneado em alguns meses.

Imagens serão usadas para esclarecer crimes

O juiz Fábio Sola explicou que as imagens, coletadas 24 horas por dia, permanecerão em bancos de gravação, para uso exclusivo na prevenção e repressão de ilícitos, e poderão ser usadas para esclarecimento de crimes.
Ele destaca que não será permitida a divulgação e exploração de tais imagens para outros fins, sob pena de responsabilização dos operadores do sistema, que se conectarão mediante senhas pessoais, permitindo rastrear os acessos.

Investimentos do Poder Judiciário e parceiros no projeto

Para a instalação da estrutura do sistema, foram adquiridos postes, instrumentos de energia (fontes especiais com capacidade a modulação e picos de energia), câmeras (fixas e móveis), aparelhos de gravação (de última geração já preparados para a tecnologia 4K, com 24 terabytes de memória), tablete (para acesso aos policiais que estiverem em ronda, na viatura), computadores (que ficarão nas Polícias Civil e Militar) e telas de monitoramento. A aquisição de toda essa estrutura absorveu R$ 119.473,19 do fundo de penas alternativas do Poder Judiciário da Comarca.
A proponente formal do projeto junto ao Poder Judiciário foi a Associação Antialcoólica de Adamantina, presidida por Edmilson de Castro e Souza. Todos os bens adquiridos serão doados agora às Polícias Civil e Militar e ao Município de Adamantina.
O juiz Fábio Sola explica que, dentro de uma pactuação de parceria, o Município cedeu ao projeto parte dos materiais elétricos e de fixação das câmeras, além de disponibilizar toda a mão de obra de instalação dos pontos de monitoramento.
A empresa Microdata contribuiu disponibilizando mão de obra qualificada que realizou a ligação de pontos de internet às câmeras, inclusive com a criação de rede de tráfego interna que transmite as imagens apara o banco de gravação.
Já o técnico Marcos Rogério Moreira, “Branco”, contribuiu com trabalho de assessoramento das escolhas de equipamentos e inclusive foi voluntário na montagem e conexão dos aparelhos de gravação, assim como outros voluntários que pediram para não ser citados nominalmente. 

Agradecimentos

Com a primeira etapa concluída O juiz Fábio Sola fez agradecimentos nominais a parceiros e colaboradores do projeto: Associação Antialcoólica de Adamantina; Polícias Militar e Civil de Adamantina; Prefeitura de Adamantina (prefeito Márcio Cardim, Secretários Welington Zerbini e Gustavo Rufino, servidores eletricistas da Secretaria Municipal de Obras e o servidor Otávio Bragato; Empresa Microdata (Marcelo Simão); Marcos Rogério Moreira (Branco) e empresa Millenium Informática. “Desta forma, valendo ressaltar o enorme esforço e dedicação de todos os envolvidos, foi alcançado o objetivo de preparar as forças de segurança de Adamantina para o futuro, instituindo instrumentos que servem a prevenção de crimes, como também serão essenciais à pronta resposta do Estado quando um ilícito ocorra e dependa do conhecimento da utilização das vias públicas para o seu esclarecimento”, completou. 

Sistema de monitoramento simultâneo grava imagens 24h por dia, a partir de 83 câmeras em 27 pontos da cidade de Adamantina (Divulgação/Poder Judiciário)