Em abril de 1991, Zezé di Camargo e Luciano começavam a despontar nacionalmente com o mega hit “É o amor”, ganhando popularidade rapidamente e vendendo mais de um milhão de cópias já no primeiro disco.

O tempo passou, a música sertaneja passou por algumas mudanças, mas a dupla permaneceu firme. Muito se diz que o sucesso de anos atrás dificilmente será repetido, mas o alvoroço causado em qualquer lugar no qual a dupla esteja, mostra que a história é um pouco diferente.

Zezé e Luciano cantaram, ontem à noite, treze sucessos. Só de músicas que ficaram entre as mais tocadas nas rádios, daria para fazer, pelo menos, dois shows diferentes. Além dos fãs-clubes, que costumeiramente viajam longas distâncias para ver os ídolos, muitas pessoas não-fanáticas viajaram vários quilômetros com o objetivo de assistir ao show da dupla.

“Eu saí com a minha amiga às 8h da manhã do Rio de Janeiro, dei um jeito de faltar no estágio e vim pra cá pra ver o Zezé. Acompanho a carreira dele desde menina, e ano passado não pude vir. Esse ano, eu não perderia de jeito nenhum”, diz Clarissa Marques, estudante de contabilidade que percorreu, ao lado da colega de trabalho, mais de 800 quilômetros até Barretos. “Eu já fui a outros shows deles perto da minha casa, mas aqui, todo show é especial, é um sonho que eu estou realizando”, completa.

Por volta das 21h desta sexta-feira (21), antes de as provas começarem, Zezé di Camargo e Luciano foram até a arena, ainda vazia, para gravarem um programa de televisão. A presença da dupla no local, que durou menos de dez minutos, foi o suficiente para causar alvoroço na pequena platéia que chegava ao recinto. Além das pessoas da arquibancada, competidores, imprensa e alguns convidados se empurraram para ver os irmãos mais de perto.

Quem chamou atenção foi Marina Santos, de 16 anos, que chorava em uma grade bem próxima aos artistas, em meio aos fotógrafos. Quando Marina nasceu, Zezé di Camargo e Luciano já haviam lançado seu terceiro disco. “Eu amo os dois, minha mãe sempre ouve desde que eu nasci, então eu sou fã desde sempre”, conta a menina, que entre uma palavra e outra, olhava para trás para gritar o nome de Zezé.

Após o show, dezenas de pessoas foram até a entrada dos camarins, onde seguranças tentavam abrir passagem para os carros, enquanto fãs batiam nos vidros e gritavam o nome dos artistas. Uma rotina que já dura 18 anos.