O carro à prova de morte em acidentes pode chegar em futuro próximo pela combinação de segurança ativa e passiva. Sensores por ondas de radar estão cada vez mais presentes em automóveis top de gama. Eles podem monitorar tudo em volta dos veículos e enviar sinais para centrais eletrônicas de bordo no intuito de que estas gerenciem as distâncias seguras.
Se o motorista insistir em acelerar, o motor sofre redução de potência e até os freios são acionados automaticamente. Caso alguém exagere ou se entusiasme numa curva é possível cortar potência e atuar nos freios para corrigir a trajetória.

Outros sensores monitoram o risco de capotagem e também enviam sinais para correção, independentemente da vontade de quem está atrás do volante. Trata-se da segurança ativa elevada ao grau máximo.

Ainda assim, embora improvável, o acidente pode ocorrer. Ou o veículo ser atingido por outro. Nesse caso, entram os dispositivos passivos, como cintos de segurança e airbags. Em meados dos anos 1970, nos EUA, estrearam as bolsas infláveis para o motorista; em seguida o passageiro da frente passou a ser protegido.

Depois vieram as bolsas laterais, seguidas pelas cortinas de teto e, recentemente, as proteções para joelho do motorista. Estudam-se, no momento, cintos de segurança infláveis e airbags para os pedais a fim de proteger melhor os membros inferiores.

Hoje a contabilidade impressiona. Um carro pequeno, a exemplo do Fiat 500, oferece sete bolsas de série: duas frontais, duas laterais dianteiras, duas cortinas de teto e uma para o joelho do motorista. Automóveis caros incluem outras duas bolsas laterais traseiras.

Dependendo do comprimento do veículo as cortinas de teto precisam ser subdivididas. Alguns fabricantes usam esse truque da divisão para afirmar que instalaram até dez airbags no carro…

Existem, porém, condições de abalroamento lateral severo em que as bolsas atuais quase não protegem os passageiros do banco traseiro. Mesmo com cintos atados, cortinas e bolsa laterais a violência do choque pode atirar um passageiro contra o outro.

Particularmente letal é o choque de cabeças ainda que só duas pessoas estejam atrás. Já os três lugares ocupados implicam enormes riscos, mas as estatísticas apontam que a lotação total de um veículo é rara. Por esse motivo o encosto de cabeça central nem é obrigatório pelas legislações de segurança dos países centrais.

A novidade agora é a bolsa inflável central traseira para automóveis de cinco lugares. Anunciada pela Toyota, em curto comunicado, a empresa descartou pormenores sobre data de lançamento, em que modelo e como funcionará esse acessório adicional de segurança. Distribuiu apenas a foto.

Analisando-a, dá para ver que haverá um console específico no teto de onde a bolsa será inflada. Provavelmente, um sensor na posição central do assento identificará se existe um ocupante. Nesse caso, o dispositivo de disparo seria inibido, pois a bolsa deixaria de ter função protetora.

No caso de modelos de apenas quatro lugares, a Lexus, subsidiária de luxo da Toyota, está prestes a lançar bolsas embutidas nos dois encostos para os ocupantes do banco traseiro, o que evitaria o fatal choque de cabeças em um acidente.

Com todo esse aparato interno de proteção passiva, em teoria, pelo menos quatro passageiros estariam a salvo de um acontecimento funesto na maioria dos acidentes.