A Fórmula 1 pode esperar o retorno das montadoras e empresas japonesas que deixaram a categoria, mas de uma forma gradual e demorada, de acordo com o chefe da equipe campeã em 2009, Ross Brawn.

A Honda, antiga equipe Brawn, saiu de cena em dezembro de 2008, enquanto a Toyota deixou a categoria este mês e a Bridgestone, fornecedora exclusiva de pneus, anunciou que deixará a F1 no fim da próxima temporada.

Brawn disse à Reuters suspeitar que os japoneses precisam repensar o futuro, uma vez que a situação financeira global tenha melhorado o suficiente.

“Eles decidiram que precisam responder assim às dificuldades, mas eles têm muita história na F1, particularmente a Honda e a Bridgestone, então vamos torcer”, disse Brawn.

“Vai levar um tempo, alguns anos, mas foi o segundo ou terceiro envolvimento da Honda com a F1”, acrescentou Brawn, cuja equipe usa motores Mercedes e foi alvo de rumores sobre uma venda à montadora alemã.

“Os fabricantes se voltam para seus valores na Fórmula 1, não há sentimento. Então, quando for viável, eles voltam, quando não for, eles não voltam”.

Brawn ficou chateado por seus amigos na Toyota, com a empresa saindo apenas alguns meses depois de se comprometer com sua permanência até 2012, acompanhando a saída da montadora alemã BMW.

“É um grande esporte e o envolvimento das montadoras vai voltar. Mas felizmente há muito interesse de terceiros e eles irão sustentar a F1 por uns bons anos”, afirmou o ex-diretor da Ferrari.