O governo de São Paulo quer dar aulas de reforço para os cerca de 35 mil professores de matemática da rede. A iniciativa é uma resposta ao fraco rendimento dos alunos do ensino médio na avaliação estadual. De 2008 para 2009, o desempenho na disciplina caiu de 273,8 para 269,4, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (26) pela Secretaria do Estado de Educação.

O curso, com 240 horas de duração, vai ser opcional. As inscrições vão ter início no dia 17 de março. Coordenadores pedagógicos das 91 regionais vão repassar as orientações para seus professores. Os temas das aulas ainda não foram divulgados.

No geral, a meta do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp), que era de 2,58, foi superada, alcançando 2,79. As notas nas provas de matemática e português do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do estado (Saresp) são usadas para compor o Idesp, que leva em consideração também a taxa de aprovação em cada ciclo escolar (1ª a 4ª, 5ª a 8ª e ensino médio).

Cerca de 1,8 milhão de estudantes da 2ª, 4ª, 6ª, 8ª do ensino fundamental e do terceiro ano do ensino médio fizeram a prova em novembro. Além de português e matemática, a prova avalia conhecimentos de ciências dos alunos de 6ª e 8ª séries e do terceiro ano do ensino médio.

Idesp

O Saresp foi retomado pela secretaria em 2007 num formato reformulado. Em 2008, foi a segunda vez em que foi realizado no novo modelo.

Criado em 2007, o indicador varia de 0 a 10 e é calculado para cada escola. Com base nisso, a secretaria estipula uma meta de desempenho que deve ser atingida pela escola no período de um ano. O resultado no Idesp determina a concessão ou não do bônus aos professores e funcionários da rede.

Se essa meta é atingida em 100%, os professores recebem 20% a mais do seu salário atual. Esse percentual diminui de acordo com o quanto foi atingido da meta. Para receber o bônus, os professores devem ter trabalhado, no mínimo, em dois terços do ano.