Dados apresentados na tarde desta sexta-feira (19), durante a primeira reunião do ano do Comitê Regional de Combate à Dengue, mostram que nos 45 municípios compreendidos pelo Departamento Regional de Saúde de Prudente foram confirmados de janeiro deste ano até agora 152 casos autóctones da doença.

Deste total, Prudente representa 15,13% das ocorrências, com 23 registros contabilizados. Já Presidente Epitácio lidera o ranking regional como sendo a cidade que tem o maior número de casos até agora: 91 registros autóctones, o equivalente a 59,86% da totalidade.

Conforme a diretora regional da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), Susi Mari Sampaio, os números preocupam as autoridades de Saúde. “Ainda não são considerados alarmantes se comparado aos registros computados até agora em âmbito estadual e de cidades como Araçatuba, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto”.

As estatísticas, que só levam em consideração os casos contraídos dentro dos municípios (portanto, não os importados), foram apresentadas pela diretora do Grupo Técnico de Vigilância Epidemiológica Estadual (GVE 22) – que compreende 24 municípios – Kimie Nishiura Turuta, e pela diretora do GVE 21 (abrange outros 21 municípios circunvizinhos de Presidente Venceslau), Márcia Narcíseo. Conforme Turuta, na área compreendida pelo GVE 22, os casos autóctones totalizam 26, sendo 23 em Prudente, dois em Pirapozinho e um em Taciba. Já na área de atuação do GVE 21, são 126 casos computados, dos quais 91 deles em Epitácio.

“Em âmbito regional, Prudente é a terceira cidade que registra o maior número de casos de dengue autóctones, ficando atrás de Epitácio e Dracena. A infestação do vetor no município está acima de 3,9%, valor percentual que independente da cidade, o Ministério da Saúde considera como localidade de risco. Em números, isso representa três focos da larva do mosquito para cada 100 imóveis visitados. Mesmo assim, é importante ressaltar que a situação em Prudente está controlada, até porque a Secretaria Municipal de Saúde vem investindo em recursos humanos e em ações para combater o Aedes Aegypti”, explica, se referindo aos trabalhos da Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM), a lei para quem permite criadouros do mosquito transmissor da dengue em casa e a implantação do Eco Ponto na cidade.

A reunião de hoje, que é realizada bimestralmente pela DRS XI em parceria com a Sucen, ocorreu na sede da Fundação Mirim e reuniu cerca de 20 pessoas, entre representantes dos cinco colegiados que representam as cidades, Conselho Regional de Farmácia, Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Associação dos Corretores de Imóveis do Oeste Paulista, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), entre outros representantes interessados no assunto.