A partir deste mês o governo começa a colocar em pratica a estratégia de vacinação contra influenza A (H1N1). A expectativa é imunizar pelo menos 62 milhões de pessoas contra a gripe pandêmica. Neste mesmo período começa a imunização da gripe comum e apesar do vírus sazonal e H1N1 serem da mesma família eles apresentam características diferentes não existindo contraindicação na aplicação das duas vacinas simultaneamente.

De acordo com o infectologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Artur Timerman, a população poderá tomar a vacina contra gripe do vírus influenza e do H1N1 sem receio. “Ainda não há disponibilidade de muitos estudos, mas é possível que somente ocorra, em alguns casos, febre e dor no local da injeção quando as vacinas forem administradas no mesmo dia”, explica Timerman.

É importante consumir alimentos leves, beber muita água e evitar atividades físicas no dia da vacinação e no dia seguinte. “Em casos de mal estar, o tratamento sintomático é suficiente. Paracetamol é o medicamento mais indicado. Jamais se deve utilizar Aspirina para tratamento dos sintomas”, diz.

Pessoas alérgicas a ovos não devem tomar as vacinas, pois ambas são produzidas após inoculação do vírus em ovo e contém proteínas derivadas do ovo em seu conteúdo. Dessa forma, se houver alergia comprovada ao ovo, há contraindicação à administração das vacinas.

A transmissão do vírus da gripe se dá por via respiratória ou por meio do contato indireto com locais contaminados, como corrimões, apertos de mão, entre outros. A contaminação pode ser evitada com medidas simples como evitar aglomerações e manter hábitos higiênicos. “A vacina contra o vírus deve ser aplicada um ou dois meses antes do inverno para que durante o período de maior transmissão a população esteja protegida”. Finaliza o infectologista.

O Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, localizado em São Paulo, é um dos maiores complexos hospitalares do país, conta com cerca de 780 médicos e atua em mais de 44 especialidades. Realiza anualmente cerca de 12 mil cirurgias, 13 mil internações, 205 mil consultas ambulatoriais, 140 mil atendimentos de Pronto-Socorro e 1,3 milhões de exames.