O Brasil vai transformar as duas maiores competições esportivas do mundo – a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 – em exemplos de eventos verdes, colocando critérios ambientais em primeiro plano nos projetos e na gestão estratégica dos empreendimentos que serão construídos para a realização desses eventos.

Nesta quinta-feira, os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e do Esporte, Orlando Silva, assinaram um acordo de cooperação para criar e implementar a agenda sustentável nos próximos anos.

A parceria vai facilitar o licenciamento ambiental dos empreendimentos prioritários dos eventos esportivos para evitar impasses que possam atrasar as obras previstas no cronograma brasileiro. A ideia é abrir o diálogo entre os responsáveis pela criação dos empreendimentos com os responsáveis pelo licenciamento ambiental na busca por soluções conjuntas, com garantias de proteção do meio ambiente. “Estamos entrando em campo para ‘jogar’ as preparatórias para a Copa do Mundo”, disse Izabella.

A ministra contou que acaba de regressar da África do Sul, onde pôde conhecer o que o país tem feito, em termos ambientais, para o torneio que começa em junho. Segundo a ministra, “o termo assinado hoje, além do ponto de vista político, é muito importante para a gestão ambiental, porque envolve os estados e municípios em uma nova prática de modernização do licenciamento ambiental”.

Agenda

Um grupo de trabalho ficará responsável pela elaboração de uma agenda sustentável, com propostas de políticas sustentáveis para a Copa e para as Olimpíadas no Brasil. O grupo também vai buscar parcerias para implementar experiências bem sucedidas em edições anteriores desses eventos. “Essa agenda conjunta vai servir para dar mais transparência ao conjunto de investimentos que serão feitos nesses dois eventos. É um ‘golaço’ antecipado”, avaliou Izabella.

Fazem parte do grupo de trabalho representantes do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério do Esporte, do Ibama, do Instituto Chico Mendes (ICMBio), entre outras organizações. A ideia é aproveitar a paixão do brasileiro pelo futebol para estimular a participação dos torcedores a adotarem medidas de proteção ambiental no cotidiano.

Para o ministro do Esporte, Orlando Silva, a iniciativa revela a importância que a questão ambiental alcançou no País. “Vamos instalar uma agenda concreta de trabalho. Temos capacidade política, técnica e boa vontade. Queremos a sustentabilidade plena”, disse.

Serão definidas formas de assegurar, o menor impacto ambiental, a neutralização das emissões de gases-estufa, a eficiência energética, a construção de estádios sustentáveis e a promoção do consumo de produtos orgânicos durante a realização dos eventos.

Parques

Em breve, MMA, Instituto Chico Mendes e Ministério do Turismo vão definir e estruturar as unidades de conservação próximas das cidades sedes da Copa de 2014 para receber turistas brasileiros e estrangeiros que queiram conhecer a biodiversidade brasileira. Principalmente em Cuiabá, no Mato Grosso, e em Manaus, no Amazonas, que tiveram o Pantanal e a Amazônia como diferencial para sediarem jogos.