O acúmulo de reservas internacionais em cenário de crise traz benefícios de R$ 600 bilhões, ou 17,5% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, afirmou o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, em audiência no Congresso Nacional.

Em contrapartida, disse ele, o custo de manutenção das reservas de 2004 a 2010 ficou em R$ 68 bilhões.

Segundo Meirelles, esse valor é calculado ao se levar em consideração que as reservas internacionais servem para evitar o agravamento de crises, e, com isso, não há redução da atividade econômica, aumento dos custos de captação pública e privada de recursos no exterior, elevação da taxa de juros e do custo de financiamento da dívida pública e perda na arrecadação de tributos.

Meirelles citou estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) que diz que países emergentes com baixas reservas tiveram custos até 25% do PIB, durante a crise financeira internacional. Nesse mesmo período, as nações emergentes com reservas internacionais elevadas tiveram custo de menos de 5% do PIB.

As reservas internacionais brasileiras estão em US$ 286,608 bilhões, segundo dados do BC, até o dia 9 deste mês.