Marcelo Saranti, membro da direção regional do PT na Alta Paulista e tesoureiro do Diretório Municipal do PT de Panorama esteve terça-feira (13) na Assembléia Legislativa em São Paulo (ALESP) junto com deputados e autoridades e do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, onde divulgou o pacote de investimentos do governo federal para enfrentar o crack e outras drogas.

Segundo explicou Saranti, as medidas pretendem aumentar a oferta de tratamento de saúde a usuários de drogas, enfrentar o tráfico e organizações criminosas, e ampliar ações de prevenções. Com o mote ‘crack, é possível vencer’, as ações estão estruturadas em três eixos: cuidado, autoridade e prevenção.

Na audiência pública ocorrida na ALESP, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, detalhou ações do plano até 2014 para frente parlamentar de combate as drogas, presidida pelo deputado Donisete Braga (PT-SP). Ele disse que o governo federal vai investir  R$ 569 milhões no plano de combate ao crack e outras drogas  somente no estado de São Paulo.

O governo federal reservou R$ 4 bilhões para o plano no país. Os recursos serão liberados mediante adesão de estados e municípios. Para São Paulo, o plano prevê a abertura 1.073  novos leitos hospitalares, sendo 413 deles em Enfermarias Qualificadas em Álcool e Drogas. Estas Enfermarias Qualificadas vão realizar internações de curta duração e oferecerão atendimento multiprofissional aos dependentes químicos. O valor da diária de internação crescerá 250% – de R$ 57 para até R$ 200.

O governo também implantará 75 novos  Consultórios de Rua, totalizando 93 no estado. Com relação aos Centros de Apoio Psicossocial (CAPs AD) – hoje em número de 66 – serão implantados mais 13, sendo 30 qualificados e atendimento 24 horas por dia 7 dias por semana.

Os CAPs AD oferecem tratamento continuado a pessoas – e seus familiares – com problemas relacionados ao uso abusivo e/ou dependência de álcool, crack e outras drogas. Nos últimos nove anos, a média mensal de atendimentos dos CAPs cresceu dez vezes, passando de 25 mil em 2003 para 250 mil em 2011.

O plano federal também prevê Unidades de Acolhimento. Atualmente são 2 para adultos e 4 para atendimento infanto-juvenil. Serão 124 novas para adultos e outras 49 infanto-juvenil. Estas Unidades de Acolhimento abrigarão os dependentes químicos por até seis meses para estabilização clínica e controle da abstinência.