A situação continua crítica para centenas de funcionários da Usina Companhia Flórida. Com o pagamento de dezembro e o 13º salário atrasados, os funcionários já não sabem mais para quem recorrer.
A Usina se reuniu com os sindicatos trabalhistas na última sexta-feira, 10, para renegociar o prazo de pagamento. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Daniel Berlamino, assim como ocorreu anteriormente, a proposta da empresa é pagar os vencimentos em etapas, sendo a última quitada até dia 21 de fevereiro. Mas isso se os servidores aceitarem a rescisão contratual, o que já foi negado pela maioria. “O único que sai ganhando com o acerto é a própria Usina”, disse o trabalhador, Valdir Dantas de Figueiredo. De acordo com ele, o Sindicato os informou que a empresa não garante o pagamento dos meses seguintes e por isso estão dispostos a fazer o “acordo” com os funcionários.
Insatisfeitos, alguns trabalhadores estão dispostos a recorrer à CUT (Central Única dos Trabalhadores) para que interceda junto a Usina. O sindicato por sua vez não demostrou incentivo para tal procedimento.
De acordo com um dos grupos, a ideia é reunir o maior número de trabalhadores para denunciar o descaso também ao Ministério Público.
ENTENDA – Desde outubro, a Usina Companhia Flórida vem pagando os salários dos trabalhadores rurais com atrasos e chegou acumular dois vencimentos. Desde então, os três sindicatos que representam as classes em questão, Sindicato dos Trabalhadores Rurais; Sindicato dos Condutores Rurais de Dracena e Região e SindAlcool (Sindicato da Indústria dos Químicos de Presidente Prudente e região), vêm se reunindo com a diretoria da usina para tentar negociar a situação.
Houve greve e manifestações em frente à empresa e após uma semana com os serviços paralisados, os servidores receberam seus salários. Agora restam a 2ª parcela do 13º e o salário referente a janeiro.