Jonas Tadeu Nunes, advogado de Fábio Raposo, disse à GloboNews, na manhã desta segunda-feira (10), que um conhecido de seu cliente passou a identificação do autor do disparo do rojão que acertou o repórter cinematográfico da TV Bandeirantes Santiago Andrade, no Centro do Rio, quinta-feira (6). Anteriormente, à Radio CBN, Jonas chegou a afirmar que já tinha o nome do suspeito, que seria entregue à polícia. Às 11h, o cinegrafista seguia internado em estado grave no Hospital Souza Aguiar. Raposo está preso desde domingo (9).

“Através do Fábio localizei uma pessoa que é íntima deste rapaz [que atirou o rojão] e me passou a identidade e o CPF deste rapaz [autor do disparo]. A pessoa me passou [o nome] e vou entregá-lo à autoridade policial”, afirmou Jonas à Globonews.

À Rádio CBN, Jonas afirmou que acredita que, com a apresentação do nome, Raposo terá o benefício da delação premiada. “O instituto da delação premiada, ela foi concluída, sim. Naquele momento, dentro da delegacia, passou a ser um momento muito tenso. Em um determinado momento em que eu fiquei sozinho com o Fábio, ele pediu que eu procurasse uma determinada pessoa e que esta pessoa ia me passar a identificação do rapaz. Eu já tenho essa identificação, mas eu vou passar para a autoridade policial. Eu já tenho o nome do rapaz, eu já tenho a qualificação dele e logo logo vai estar nas mãos da autoridade policial para o cumprimento da delação premiada”, afirmou o advogado durante a entrevista.

Jonas aproveitou para reafirmar que Fábio não conhece o suspeito: “Essa rapaz que acendeu o rojão, o pavio deste rojão, ele e o Fábio se conhecem apenas de manifestações. Eles não pertencem a nenhum grupo e não foram com nenhuma finalidade. Não levaram nenhum rojão. O que o Fábio declara é que o rojão foi achado, e como eles se encontraram, o rapaz pediu que passasse o rojão. Aquilo tudo é verdadeiro. Foi apenas uma inconsequência, um ato de irresponsabilidade e de negligência de acender o pavio no meio daquela confusão toda e acontecer o que aconteceu de forma lamentável e triste com o cinegrafista”.

O advogado disse também que não tinha conversado até as 9h40 desta segunda com o rapaz que acendeu o rojão, mas ficou sabendo por uma pessoa que conhece seu cliente que ele está abalado.

“Os dois estão muito abalados com isso e a verdade é essa. Não conversei com o rapaz, mas conversei com pessoa muito próxima a ele. Ele está muito abalado, muito nervoso, desesperado, já pensou até em suicidio e tudo e está com medo. Eu estou aproveitando, por intermédio desta pessoa, a oportunidade  para convencê-lo a se entregar, a se apresentar espontâneamente a autoridade policial”.

Retrato falado
Na entrevista à GloboNews, o advogado garantiu que seria “impossível” fazer um retrato falado do suspeito de acender o rojão por conta do uso da máscara para esconder o rosto e aconselhou o autor a se “apresentar espontaneamente”.