O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não será mais implantado na Nova Alta Paulista. A decisão partiu dos próprios prefeitos envolvidos no projeto, após uma reunião realizada ontem, 3, em Tupã, com representantes do Ministério Público Federal (MPF) e Ministério da Saúde. 

“Não temos condições de bancar os custos para a implantação do Samu Regional”, informou em nota a Amnap (Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista). O projeto inicial previa atender a demanda de 18 municípios, incluindo Tupã, onde seria o ponto central do serviço, com a Central de Regulação. No entanto, nem todos os municípios envolvidos no projeto aderiram ao Plano de Financiamento, que seria de R$ 1,07 por habitante de cada município, ao mês.
O comitê foi formado no ano passado sob a liderança do secretário de Saúde de Adamantina, Jorge Chihara, com a participação dos prefeitos e secretários de saúde das 18 cidades. Desde então, Chihara formulou um novo projeto para baratear o gasto mensal aos municípios que poderia chegar a R$ 0,50. Mesmo assim, grande parte das cidades não demonstrou interesse em aderir ao Plano de Financiamento.
Este foi o principal motivo que levou o Comitê a desistir do Samu. “Cientes da qualidade do serviço e da importância regional da implantação do Samu, foram propostas alternativas de redução de custos, a fim de adequar o sistema à capacidade financeira dos municípios, já sobrecarregados pelos elevados investimentos nos setor de saúde. Não obstante a todo este esforço regional, com a presença dos municípios de Tupã, Adamantina, Osvaldo Cruz, Lucélia, Pacaembu, Parapuã, Rinópolis, Mariápolis, Salmourão, Inúbia Paulista e Pracinha, e com a ausência dos municípios de Bastos, Herculândia, Arco-Íris, Iacri, Queiroz, Florida Paulista e Sagres, não foi possível obter adesão de todos os 18 municípios envolvidos no Samu, situação que acarretaria maiores gastos aos municípios que se dispuseram a aderir ao serviço.”, informou a Amnap.
Mesmo com a não adesão ao serviço, a Amnap acredita na possibilidade do Samu ser implantado na região futuramente. “Não significa a extinção das possibilidades da criação dos serviços nos municípios ora citados”, disse em nota.
CONSEQUÊNCIAS – O Ministério da Saúde deverá pleitear a devolução das ambulâncias que foram doadas aos municípios de Adamantina, Lucélia, Osvaldo Cruz, Pacaembu e Parapuã, em 2010, e destinadas exclusivamente para o serviço.
“Os municípios não sofrerão nenhuma penalidade, somente terão que devolver as ambulâncias”, explicou Jorge Chihara.