Ao longo da semana passada a FAI (Faculdades Adamantinenses Integradas) em parceria com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), realizou o curso de capacitação de uma equipe de professores, técnicos e funcionários da FAI para a utilização de tecnologias do órgão para o desenvolvimento de sistemas locais de alerta de desastres naturais a partir da captação e processamento de dados meteorológicos.
O curso ministrado pelo geólogo e doutor em Geociências e Meio Ambiente do Inpe, Eymar Silva Sampaio Lopes, ensinou os participantes a manusearem a Plataforma de Monitoramento, Análise e Alerta de Extremos Ambientais Naturais (TerraMA2).
A capacitação terminou nessa sexta-feira, 19, com a implantação da plataforma, que funcionará a princípio como protótipo, porém, transmitindo informações em tempo real, que poderão ser utilizadas para prever catástrofes e desastres naturais, em função de variabilidade de clima, temperatura, chuvas, etc, em toda região. Além disso, a ferramenta também oferece, por meio dos dados transmitidos, a possibilidade de atuar com a previsão de epidemias.
“A ferramenta transmite dados do Inpe em tempo real. Agora nós precisamos gerar nossos próprios dados. Para isso, nós vamos agir em todas as prefeituras da região, em um raio de 80km juntamente com as usinas. Nosso interesse é montar em cada um desses pontos, uma estação que colete as variáveis principais de dados, como umidade relativa, vento, chuva, radiação, para desenvolver nossas pesquisas. As prefeituras e usinas estarão alimentando esse sistema, e nós vamos ter um controle maior e aferir com muito mais qualidade”, esclarece Cardim.
A cidade mais próxima que possui esse sistema é Bauru. De acordo com Eymar, que é o coordenador do projeto: “a plataforma cruza dados ambientais/meteorológicos com hidrológico para poder dar alerta em áreas que são mais críticas a este tipo de fenômeno”.
A FAI pretende buscar parcerias com as prefeituras da região que compõem a Redec (Coordenadorias Regionais de Defesa Civil) de Presidente Prudente, além de usinas e empresas da região, para viabilizar o projeto.