Em menos de seis minutos, um redemoinho causou pânico em uma festa de comemoração ao Dia das Crianças, realizada na tarde de domingo, 12. O vendaval levantou a cama elástica e um escorregador inflável onde uma criança de 9 anos foi lançada a quatro metros de altura, causando apenas escoriações nas costas.
A festa promovida por um empresário da cidade reúne há duas décadas normalmente entre mil a 1.500 pessoas na sua maioria crianças menores de 10 anos acompanhadas pelos familiares, que neste ano relataram momentos de horror provocados pela força do vento.
“Parecia um filme de terror vendo crianças correndo amedrontadas para todos os lados pedindo socorro”, lembrou ontem à reportagem, Andréia Mariano Ribeiro ainda assustada.
Jaqueline Santos de Souza relatou o desespero de perder momentaneamente seu filho mais novo de quatro meses na multidão de pessoas correndo. “No desespero deixei meu filho com um parente para correr atrás do outro filho de 5 anos de idade e quando voltei não vi meu bebê. Mas graças a Deus uma pessoa desconhecida me devolveu ele”, relatou aliviada Jaqueline.
Ontem, o estudante Guilherme Pereira Galvão de Freitas, 9 anos, lançado do brinquedo pelo redemoinho recebeu a reportagem do Jornal Regional em sua casa no bairro Marrecas com a autorização dos pais dele.
“Deus salvou todo mundo. Depois que cai [do brinquedo inflável] passei pelo médico e agora preciso esperar uns 4 ou 5 cinco dias para saber se está tudo bem. “Estou inteiro. Vou melhorar e seguir em frente”.
Redemoinhos como este têm surgido constantemente e provocado danos ao menos em três cerâmicas naquela região, relatam moradores.
A reportagem do JR encaminhou por e-mail o vídeo do redemoinho para técnicos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em Brasília (DF), pedindo explicações sobre a formação desse tipo de fenômeno. Até o encerramento desta edição por volta das 19h, o Instituto não havia se pronunciado a respeito.