Os professores da Rede Estadual de Ensino que estão em greve, realizam hoje, 27, às 18h, na avenida Paulista, em São Paulo, assembleia para discutir os rumos do movimento e a abertura de negociações com o Governo do Estado, o que ainda não ocorreu, segundo informações do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), de Dracena.
Segundo o coordenador da Apeoesp, Ronald Torelli, as escolas da região de Pacaembu a Panorama não aderiram à greve, apesar de integrantes do Sindicato, terem percorrido as escolas nesta semana, esclarecendo as reivindicações da categoria.
“Procuramos conscientizar os professores, mas eles consideram que irão aderir se a houver paralisação geral, em todas escolas”, afirma Torelli. No entanto, o coordenador informa que professores de três escolas estaduais, em Santa Mercedes, Monte Castelo e Tupi Paulista, não estarão nas salas de aula hoje, em apoio às reivindicações e à assembleia geral em São Paulo.
Torelli informou ainda que provavelmente a assembleia vai decidir pela continuidade da greve. “O governo estadual não abriu negociações, a primeira conversa está programada para o próximo dia 10, sexta-feira”, afirmou.
Conforme o coordenador, a greve é um direito constitucional e por isso os professores que aderirem, não sofrem sanções administrativas. “Tudo será negociado, inclusive a reposição de aulas para cumprir o calendário anual da Secretaria”, ressalta.
Na região, segundo o coordenador da Apeoesp, professores das escolas estaduais Oscar Pedroso Horta, de Santa Mercedes, Escola Tupi Paulista (Cene) e João Beraldo, de Monte Castelo, fariam paralisação hoje.
Em contato da reportagem com as escolas, as direções da EE Ministro Oscar Pedroso Horta e João Beraldi, garantiram que as aulas ocorrerão normalmente hoje e os professores que não comparecerem nas escolas hoje, serão substituídos.
Na escola Tupi Paulista, a direção foi procurada, mas por meio de funcionária, declarou que as informações somente poderiam ser feitas pela Secretaria Estadual da Educação.
Entre as reivindicações dos professores, estão melhores salários, com aumento de 75% e redução do número de alunos em salas de aula.