Uma boa notícia foi confirmada esta semana em Flórida Paulista. Após especulações de que a Companhia Flórida voltaria a funcionar ainda este ano, a administração da usina e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais confirmaram a informação.
Para a safra desse ano a empresa deve empregar 1.700 funcionários que serão divididos nos setores administrativo, industrial, agrícola e rural.
Embora a safra já tenha começado nas usinas da região, a previsão é que os trabalhos tenham início no final de junho, com 70% do corte de cana-de-açúcar em maquinário e 30% manual. “Nós gostaríamos de contratar mais trabalhadores rurais, mas infelizmente a lei não permite mais. Vamos tentar chegar ao máximo de 35% manual”, disse o diretor administrativo da Cia. Flórida, Jean Santos.
Devido ao pouco período, a capacidade para a moagem desse ano será 1,200 milhão toneladas de cana.
Sobre os arrendatários de terra, Jean disse já ter como certo propriedades locais e da região. Ele explica, ainda, que a empresa já está com funcionários trabalhando na manutenção industrial e que as próximas contratações ocorrerão de forma gradativa.
Desde segunda-feira, 4, um carro de som passa anunciando na cidade a contratação de novos funcionários. Segundo a presidente do Sindicato, Roseli Carlos de Melo Esposo, responsável por receber os currículos, em três dias, já passa de 100 o número de currículos entregues. As primeiras contratações serão para trabalhar na indústria, agrícola e administrativo e só depois virão às contratações de cortadores de cana.
DÉBITO COM FUNCIONÁRIOS – Apesar de ser bem vista a volta da usina, muita gente está receosa em voltar a trabalhar e não ter seus salários pagos, como ocorreu no final de 2013, quando centenas de funcionários entraram em greve e ingressam com ação na justiça do trabalho por não receber salário e uma série de benefícios.
“Mesmo com tudo isso, quem está desempregado, que é o caso da maioria dos moradores da cidade, não pensa duas vezes em voltar a trabalhar”, comentou a presidente. Segundo ela, muitos trabalhadores ainda aguardam receber os vencimentos não pagos.