José Flavio de Souza, 31, que nasceu em Tupi Paulista e viveu em Dracena até os 19 anos, é um dos comandantes que estava como copiloto no avião que transportava os apresentadores Luciano Huck, Angélica, os três filhos do casal e mais duas babás, que fez pouso forçado no domingo às 10h52 (horário de Brasília) em uma propriedade rural na serra de Maracaju, dez minutos antes de chegar ao aeroporto de Campo Grande (MS).
Ele foi localizado ontem, 26, à tarde, e falou com exclusividade a reportagem do Jornal Regional. Por celular, ele explicou todo o acontecimento que foi destaque nos noticiários a nível nacional.
José Flavio contou que trabalha na aviação há cerca de dez anos. É filho de Nilda Andrade Souza que ainda reside em Dracena e de José Costa que é de Tupi Paulista, e irmão de Mauricio de Souza Falcão.
Sobre o pouso forçado, afirmou que todos os procedimentos deram certo, primeiro “graças a Deus” e depois, a calma para analisar o que estava acontecendo com a aeronave e a identificação do problema no motor.
Segundo ele, o avião voou com um único motor e em baixa altura até o segundo motor ter rateado e as decisões sobre os procedimentos para o pouso forçado, duraram cinco minutos.
José Flávio disse que juntamente com o piloto Osmar Franttini, manteve a calma e escolheram a área mais segura e a preparação para o pouso. “Avisamos os passageiros, Luciano e Angélica, e os demais que estavam conscientes que perceberam o que estava acontecendo. O filho de Angélica dizia que não queria morrer e ela rezava”, conta o tupiense.
“Tínhamos à nossa frente uma vaca que conseguimos pular e atingimos uma cerca e depois teve o impacto com o solo”, prossegue.
José Flávio ressaltou, ainda, que os motores foram desligados e o avião estava com combustível e se não fosse o pouso forçado e continuassem o voo não teriam tempo para chegar ao aeroporto e com certeza haveria uma colisão contra a serra.
Ele disse que tão logo a aeronave parou, desceu e abriu a porta e todos desceram e estavam bem, apesar das escoriações leves. “Houve um silêncio e depois choro que é normal por parte dos passageiros em um pouso forçado”, continuou o copiloto.
“É coisa de Deus que ajudou, já que são poucos os casos como este que não tem vítimas e a gente conhece bem a região e o avião, o bom entendimento entre a cabine, a calma, o bom gerenciamento de cabine, as precauções seguras, tudo contribuiu para dar certo e deu”, explicou o copiloto.
Flávio repetiu por algumas vezes: “foi tudo por Deus”. Ele disse ainda que na hora do pouso teve dificuldade até para respirar e agora está se recuperando com dores nas costas e está bem e que todos estão bem.