As renegociações não autorizada por parte de empresas financeiras em empréstimos consignados, está gerando reclamações no Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon) de Dracena.
Segundo a diretora do órgão, Priscila Dantas das Neves, as financeiras procuram o consumidor para refinanciar o empréstimo e mesmo que ele não aceite, as mesmas consolidam a renegociação e os descontos começam a surgir, a maioria nos pagamentos das aposentadorias”, explica a diretora.
Priscila relata um caso que foi procurar apoio do Procon. A assinatura de um aposentado, portador de necessidade especial, impossibilitado de escrever, surgiu em um contrato de renegociação do empréstimo consignado. “Esse consumidor está indignado e deverá recorrer à Justiça”, informa.
Além de prejuízos ao consumidor por uma renegociação sem autorização, a diretora explica que o número de parcelas do empréstimo aumenta em até um ano, por exemplo, passando de cinco para seis anos.
A diretora do Procon informa ainda que da média de 25 atendimentos por dia, pelo menos cinco se referem a esse procedimento por parte das financeiras.
A maioria das renegociações não autorizadas, de acordo com Priscila é nas aposentadorias dos idosos.
“O consumidor deve ficar atento e ao perceber descontos não autorizados nos seus benefícios, deve procurar o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), onde vai obter informações do valor do empréstimo, quantidade de prestações e a empresa financeira”, explica Priscila.
Com as informações em mãos, o consumidor deve ir até o Procon e registrar a queixa.
MAIS COBRANÇAS – Outra situação de prejuízos ao consumidor, conforme a diretora é sobre cobranças indevidas de taxas nas contas de telefones por contribuições a associações beneficentes com sedes em outras cidades.
Segundo Priscila, geralmente o consumidor aceita contribuir uma só vez com a entidade, mas a cobrança que é incluída na conta do telefone, volta a se repetir nos meses seguintes.
Há também reclamações de contas exorbitantes de telefone. O motivo é um programa com perguntas em um canal de tevê aberta, no qual o telespectador participa por telefone e concorre a um prêmio em dinheiro.
“Apesar de na apresentação, o programa informar em uma tarjeta, na parte de baixo do vídeo que os custos das ligações são de sua responsabilidade, quem não prestar atenção, não imagina que os telefonemas serão cobrados na sua conta e são valores altos de R$ 200, R$ 300 e em um dos casos, até a R$ 500 por mês”, alerta a diretora.
Priscila reitera que o Procon está trabalhando para que os direitos do consumidor sejam garantidos nesses casos.