Alunos do curso de engenharia de produção de uma faculdade de Presidente Prudente iniciaram um projeto para apontar diretrizes para que, o setor ceramista de Panorama e região busca posição favorável no mercado regional ‘ameaçado’ pela utilização do concreto na construção civil.
A dificuldade de fornecer bloco cerâmico para obras de conjuntos habitacionais na região, a exemplo do Minha Casa, Minha Vida (Governo Federal) e da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), do Governo de São Paulo, tem sido o problema enfrentado pelos donos das cerâmicas que ainda resiste a “fechar a portas”.
Dentro desse problema, a faculdade propôs através da disciplina ‘Produção Inovadora’ estudar a situação das cerâmicas em Panorama. No começo deste mês, um grupo de estudantes de engenharia de produção visitou a Incoesp (Cooperativa das Indústrias Cerâmicas do Oeste Paulista), em Panorama, e conheceram todo funcionamento da indústria
“Essa fase da visita denominada imersão [sentir o problema na pele] os alunos vai ao problema entende como funciona e aponta quais pontos podem ser resolvidos. Eles estudam fluxo de processo desde a entrada da matéria-prima até a chegada ao cliente”, explicou o professor Carlos Eduardo Turino, coordenador do curso de engenharia de produção na instituição de ensino superior de Prudente.
Até sua conclusão, o resultado final do estudo deve levar dois semestres diante da magnitude do problema, afirmou Turino. A solução criada será apresentada aos ceramistas parceiros do projeto.
Os alunos vão desenvolver o trabalho baseando-se em literatura da área e através das orientações dos professores. São sete grupos de alunos atuando no projeto.
A tendência, segundo o coordenador do curso, é justamente caminhar para uma conscientização da comunidade regional.
“Nós verificamos que a região de Panorama e Dracena existem muitas cerâmicas e poucas pessoas conhecem o bloco cerâmico e por isso aceitam morar numa casa de concreto. Então, as pessoas aceitam porque não conhecem”, observou o coordenador do curso de engenharia de produção.
Para ele, a luta é desigual. “A força do concreto é muito maior que cerâmicas. Vamos falar de grupos grandíssimos de cimento contra indústrias locais de cerâmica”, disse.