O possível fechamento da Escola Estadual Durvalino Grion, devido à reestruturação do ensino, tem causado revolta em Adamantina.
Muitas são as críticas da população desde que a informação começou a circular em toda cidade. Embora não oficial, a informação causou indignação aos grupos defensores da categoria dos professores, como o Centro do Professorado Paulista (CPP) e Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), que prestaram apoio a escola.
Segundo alguns professores que se manifestaram contra a decisão em rede social, houve um comunicado da Diretoria de Ensino referente ao assunto, na última terça-feira, 13.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) divulgou recentemente uma lista constando as escolas que possivelmente serão fechadas no processo de reorganização escolar proposta pelo Governo do Estado de São Paulo. Na região do Oeste Paulista, somente três escolas de Bauru e duas de Presidente Prudente aparecem na lista.
Já a subsede da Apeoesp, em Osvaldo Cruz, confirmou a reportagem, por meio de nota, que a Escola Estadual Durvalino Grion deverá ser fechada.
Conforme o Sindicato, os alunos remanejados do Grion seriam em torno de 600 estudantes. Eles irão para as escolas EE Helen Keller e EE Fleurides Cavalline Menechino.
Já os professores, segundo a Apeoesp, irão para as escolas mais próximas, mas caso não haja aulas para eles, irão para outras escolas de abrangência da Diretoria de Ensino de. “Informo que o professor é efetivo no Estado e não no município. Ocorrendo estas mudanças, este professor já trabalhando perto de sua casa, pode ser remanejado para bem longe, causando perdas e transtornos. Sem contar os professores que não são efetivos que perderão suas aulas”, informou o Sindicato.
A Apeoesp classificou a medida como “autoritárias e antipedagógicas, que em nenhum momento pensa no educando e na educação de qualidade”, disse em nota.
Ainda conforme o texto, “A Apeoesp sempre diz que toda mudança deve visar a melhoria da escola pública, e para isso, pais, professores e alunos devem ser ouvidos; ocorrendo estas adaptações lentamente, conforme necessidades e interesses do aluno, que é o mais importante no processo ensino aprendizagem”, finaliza.
CPP – O Centro do Professorado Paulista de Adamantina (CPP) manifestou seu apoio a Escola Durvalino Grion. “Estamos vendo uma repetição do que aconteceu em 1998 e necessitamos urgentemente de uma mobilização popular e política (prefeitos, vereadores e deputados), na tentativa do governo rever tais decisões. Senhores professores, Diretoria de Ensino, alunos, pais/responsáveis e demais pessoas comprometidas com a educação, o CPP (Centro do Professorado Paulista) – Sede Regional de Adamantina se coloca a disposição para juntos promovermos uma passeata em discordância às atitudes do governo, colhendo assinaturas de apoio para o envio posteriormente aos órgãos competentes”, se solidarizou o CPP.
DIRIGENTE DE ENSINO SE MANIFESTA – A dirigente de ensino, Vera Lucia Godoy Cazu, informou por meio de nota que ainda não há nada confirmado. Na última semana ela esteve em São Paulo para a entrega da proposta de reorganização das escolas em Adamantina. Sem dar detalhes, a dirigente informou: “Coube a Diretoria Regional de Ensino realizar estudos de compatibilização de demanda/vagas com vistas a atender a reorganização das escolas em ciclo único. A disponibilização de prédios, se houver, é de competência superior e nada ainda foi definido”.