Nesta semana em que foi comemorado o Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, a delegada Maria Ângela Tófano Rodrigues, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Dracena, falou da importância das conquistas que elas conseguiram ao longo de quase três décadas. A data foi instituída em 1910.
De acordo com a delegada, quando ela chegou a Dracena há 24 anos assumindo a DDM, se percebia que todos olhavam com deboche, porque não havia uma delegada para atuar na cidade, por outro lado, outras pessoas a viam com esperança de mudança nos hábitos contra a mulher.
“Poucos voltavam os olhos para a violência doméstica contra as mulheres. Nesses anos em Dracena percebi o papel e a atenção da DDM para as mulheres vítimas da violência doméstica e a importância que a Lei Maria da Penha tem no combate aos casos denunciados”.
Segundo a delegada, a existência da delegacia especializada de combate aos crimes contra as mulheres que garantiu o direito delas perante a lei mudou a conscientização que antes não existia por falta de coragem de denunciar, com isso, o mecanismo de defesa se aperfeiçoou e a importância da mulher na sociedade, em razão do cumprimento da Lei Maria da Penha.
A DDM buscou maneiras mais notáveis na defesa dos direitos contra quem as agride.
A delegada Maria Ângela ressaltou que graças ao combate da violência, as mulheres nos dias atuais não se veem mais envergonhadas em denunciar aqueles que cometem as agressões. “Os casos de mulheres com vergonha de denunciar são raríssimos. Quando comecei atuar aqui, vítimas da violência doméstica eram muito tímidas e amedrontadas, por causa das agressões e não tinham a certeza de como seriam tratadas perante a sociedade. Hoje não existe mais isso. Sinto-me orgulhosa em estar atendendo os casos de violência contra elas e buscando a solução para o problema garantindo direitos”, afirmou a delegada.
Maria Ângela disse ainda que está longe de atingir a perfeição, mas tem conseguido atuar de maneira positiva em defesa dos direitos das mulheres. “Estamos estancando a violência doméstica e garantindo as famílias e aos seus filhos ambientes mais saudáveis. Tivemos muitos resultados positivos que podem ser comemorados e a conscientização da sociedade que está denunciando mais por não suportar a violência contra as mulheres”, concluiu a delegada.