A lei que obriga o uso do farol baixo aceso nas rodovias durante o dia completou ontem, 15, uma semana de vigência e de acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMR) de Adamantina, a infração já resultou em diversas multas motoristas desatentos nas estradas da região.
Conforme a PMR, o número exato das multas aplicadas por essa infração na primeira semana da lei na região depende de um levantamento, mas adiantou que as multas vêm sendo aplicadas não somente ao condutor que transita com todas as luzes dos veículos apagadas durante o dia, mas também para aquele que ao invés da luz baixa, trafega com a luz de posição (meia-luz), ou farol de milha e neblina ligados, que não substituem a baixa, exigida em lei.
A exceção é a DRL (luz de rodagem diurna, em inglês), que atende a lei, conforme estabeleceu o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
VICINAIS – A Polícia Rodoviária também chama a atenção para a obrigatoriedade dos veículos (carros e motos) trafegarem com a luz baixa acesa durante o dia também nas estradas vicinais, não apenas em rodovias estaduais e federais.
Ainda de acordo com a PMR, mesmo ainda havendo condutor que não se adequou à nova norma a quantidade de motoristas trafegando com a luz apagada caiu nos últimos dias. A Polícia Rodoviária ressalta que a fiscalização está atenta à infração.
A reportagem constatou ontem, 15, na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), que a maioria dos veículos em trânsito estava com os faróis baixos acesos. A infração é média pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) no valor de R$ 85,13 e o motorista perde quatro pontos na carteira de habilitação (CNH).
A obrigatoriedade da lei de manter o farol aceso tem como objetivo reduzir a quantidade de acidentes envolvendo automóveis no Brasil. Alguns países como Uruguai, Canadá, Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia que já adotaram a lei, constataram a queda nos acidentes automobilísticos. Na Suécia, pesquisas apontaram que houve uma redução de 13% em acidentes e no Canadá, a redução foi de 20%.
A lei reflete também na queda de atropelamentos de pedestres e ciclistas. Estudos da Agência de Segurança no Trânsito dos EUA (NHTSA) apontam que o uso do farol baixo em rodovias permite que um veículo seja identificado pelo menos a três quilômetros de distância.
No Brasil, somente nos primeiros quatro dias após a lei entrar em vigor, 12 mil motoristas foram autuados nas rodovias federais.