Professores das escolas Emefi Prof.ª Casimira Nascimento da Silva e das Emeis Prof°. Matsou Koshiyama e Maria de Assis, cruzaram os braços na manhã de ontem, 27, em protesto por equiparação salarial.
A professora do ensino fundamental Beatriz Passos da Silva explicou a reportagem do JR que a categoria reivindica reajuste de 5% para todos os níveis de professores. “Em fevereiro o Executivo concedeu aumento de 7,6% correspondente a inflação, para todos os servidores municipais e mais 5% para os professores do nível 1, porém os educadores que estão nos demais níveis não receberam os 5%. Queremos que o reajuste ocorra de forma justa para todos os professores”.
Beatriz Silva informou que no começo do ano, em reunião, o prefeito durante reunião com a categoria explicou que não poderia conceder novo reajuste devido à folha de pagamento já ser considerada de alto valor, implicando na Lei de Responsabilidade Civil.
“Mas na semana que passou, durante a sessão camarária de segunda-feira, os vereadores aprovaram projeto do Executivo criando cargos comissionados e alguns reajustes salariais para cargos existentes”, disse a professora ressaltando que o projeto foi aprovado, porém sem unanimidade.
Beatriz disse que a paralisação prosseguirá hoje, 28, e o grupo aguarda um posicionamento da Prefeitura. Apenas na Emei Maria de Assis o atendimento será parcial, porque assiste bebês e crianças de até três anos de idade.
A MUNICIPALIDADE – O advogado da Prefeitura de Monte Castelo, Rogério Calazans Plazza, informou que o Poder Executivo está cumprindo o que determina a legislação. De acordo com Plazza, no mês de fevereiro todos os servidores, inclusive os professores, receberam 7,64% de reajuste nos salários, sendo 6,28 de reposição pela inflação e 1,36 de aumento real. Ainda conforme o advogado, os educadores que realizam a paralisação reivindicam um acréscimo de 5% em cada faixa salarial, mas isso não está previsto em lei.
“Caso os professores continuem com esse movimento serão adotadas medidas judiciais e disciplinares cabíveis. Estamos amparados em lei. São cerca de 360 alunos no total que estão ficando sem atendimento”.
O advogado informou que ontem no período da manhã, apenas os alunos da zona rural permaneceram nas escolas, para não precisarem retornar as suas casas, mas à tarde as unidades estavam fechadas.