A Polícia Civil de Junqueirópolis abriu inquérito para investigar a autoria da morte de Osmar Rodrigues de Oliveira, 62 anos, e das agressões sofridas de sua esposa, 66 anos, durante assalto na noite de domingo, 22, em um sítio localizado no bairro Cafezinho, zona rural da cidade. O delegado de Polícia Civil, Eliandro dos Santos informou ao Jornal Regional no final da tarde de ontem, 23, que foi expedida a prisão temporária de um homem de 20 anos, acusado de ter cometido o crime. Ele está detido na Delegacia de Junqueirópolis.

Ainda segundo o delegado, o indivíduo negou a participação no assalto. Ele alegou durante o depoimento que havia mudado a cerca de três meses para a cidade de Junqueirópolis, vindo de Americana.

A Polícia Civil chegou ao suspeito do crime, através dos depoimentos de testemunhas. Eliandro disse e se for decretada a prisão temporária, o acusado será encaminhado para Presidente Venceslau, no qual cumprirá pena de 12 a 30 anos de prisão.

Segundo a Polícia, o caso foi registrado como latrocínio, roubo seguido de morte.

REELEMBRANDO O CASO – O ajudante de pedreiro Osmar Rodriguês de Oliveira, 62 anos, foi assassinado na noite de ontem, 22/4, após ser violentamente agredido por bandidos durante um assalto a sua propriedade rural. O crime ocorreu por volta das 21h, em uma chácara localizada no bairro Cafezinho.

De acordo com a polícia, dois bandidos arrombaram a porta da casa e renderam o casal quando se preparavam para dormir. “É um assalto. Cadê o dinheiro? Vocês têm R$ 80 mil aqui guardados. Se vocês não derem o dinheiro vamos te matar”, disse a esposa de Osmar que foi assim que os dois homens encapuzados anunciaram o roubo.

Ainda segundo a esposa, de 66 anos, o marido tentou se defender, porém foi agredido com coronhadas na cabeça pelo cano de uma arma de fogo, aparentando ser uma espingarda. “Depois da pancada ele caiu machucado no chão e eu tive os olhos vendados, os braços amarrados e trancada no quarto”, explica.

Depois de revirar a casa, abrindo gavetas e portas dos móveis em busca do suposto dinheiro que não existia, os bandidos fugiram do local com o carro do casal, um Ford Escort, levando uma televisão de 32 polegadas, uma furadeira, um relógio de pulso, dois celulares e a mulher de refém. “Eles me bateram, me puxaram o cabelo e queriam me colocar no porta-malas do carro. Fui no banco traseiro, e quando estava chegando no canavial, antes de abandonar o carro, eles disseram: Nós vamos ter que pegar um táxi, porque nós vamos para São Paulo”, lembra a vítima.

Os bandidos abandonaram o carro com a mulher amarrada dentro em um canavial distante uns 3 quilômetros da casa do casal. Sem saber onde estava, a mulher conseguiu escapar e fugir. “Fui me revirando até conseguir abrir a porta do carro. Depois consegui soltar as mãos que estavam amarradas e, guiada por Deus naquele canavial, localizei uma cerca nova e seguindo ela encontrei a igrejinha do bairro Cafezinho”, conta.

Assustada, ela conta que durante o caminho de volta para a sua casa encontrou dois veículos na estrada, mas temendo ser os bandidos ela se escondeu e não pediu ajuda. “Quando eu vi o primeiro carro me escondi abaixada no mato. Depois que ele passou saí correndo. Para se esconder do segundo veículo entrei em uma tubulação”, comenta.

Já próximo à sua casa, a mulher avistou a luz da sala acesa, mas temendo encontrar algum bandido por lá, veio pela pastagem e entrou pelos fundos da casa. “Quando cheguei à sala encontrei o meu marido caído no chão com o rosto todo ensanguentado e encoberto com um lençol. Ele já estava sem vida. Desesperada, saí correndo e pedi ajuda para uma vizinha que acionou a polícia”, complementa.

Após a chegada da polícia, a mulher foi conduzida ao Pronto Socorro onde passou por exame de corpo de delito e recebeu cuidados médico. Ela apresentava sinais de agressão nas costas e quadril, sentia fortes dores no couro cabeludo e vermelhidão nos punhos. Depois de medicada, foi liberada.

O carro foi localizado pela polícia e guinchado para a delegacia onde passará por perícia. A Polícia Científica também periciou o local onde o crime ocorreu. A polícia está à procura dos bandidos.